“Quem entra na roda tem que dançar”, Ilhas de forró são atrativos para gente de todas as idades

Campina Grande, 25 de junho de 2018  ·  Escrito por Diego Martins  ·  Editado por Rafael Costa  ·  Fotos de Oma Roxana
Ilhas de forró são atrativos para gente de todas as idades - Foto: Oma Roxana

Ilhas de forró são atrativos para gente de todas as idades – Foto: Oma Roxana

Basta dar algumas voltas no parque do povo para ver quantos casais se embalam no ritmo do forró e nas suas tradicionais parcerias. A dança, para muitos, é terapia, para outros diversão. Há quem faça da dança profissão e há também quem não arrisca um passo sequer, na maioria das vezes por timidez. São quadrilhas, grupos de dança, companhias e uma imensidade de pessoas que arrastam o pé, seja no “dois pra lá, dois pra cá” ou nas coreografias mais perfeitas que possam existir, o que não falta em Campina Grande nesta época do ano é dança.

Além da vasta programação no palco principal e no palco Ton Oliveira, que atraem os maiores públicos, existem as ilhas de forró que são um sucesso. Nelas se apresentam, ao longo dos 30 dias de festa, dezenas de trios de forró, que exaltam o autêntico forró pé-de-serra. Também chamadas de palhoças, as ilhas são um atrativo a parte e enchem os olhos de quem prefere dançar num local mais reservado.

Para Rui de Souza, dançar forró é uma ótima oportunidade para mostrar a vitalidade: “É uma resistência máxima. Não me troco por um menino de 15 anos. Eu venho pra cá os 30 dias, com maior garra e entusiasmo.” O idoso aprendeu dançar forró ainda na adolescência e hoje, ao lado da esposa, faz do São João a melhor época do ano: “Eu danço desde os 12 anos, foi mamãe que me ensinou. E a minha parceira é desenrolada, foi eu que ensinei ela dançar e pra onde eu puxo ela vai.”

Trio de forró embala a noite nas ilhas de forró - Foto: Oma Roxana

Trio de forró embala a noite nas ilhas de forró – Foto: Oma Roxana

As palhoças também são bastante procuradas pelos jovens, que com mais vitalidade aproveitam cada segundo, e se jogam quando escutam os acordes da sanfona e o ritmo da zabumba e do triângulo. Isaias Gomes, 31 anos, optou pelas ilhas por causa da tranquilidade: “Todo mundo gosta das palhoças, tanto os jovens como os mais idosos. Achamos melhor dançar aqui, pois é mais tranquilo, além disso, no outro dia tem trabalho e temos que voltar pra casa cedo”.

Por outro lado, quem anima a festa fica satisfeito por fazer parte do Maior São João do Mundo. O grupo Meteoro do Bairro da Palmeira já tem 11 anos de carreira, e todos os anos abrilhanta e encanta o Parque do Povo. “É uma satisfação muito grande. Além de estar fazendo o que a gente gosta ainda animamos o povo paraibano e os turistas que gostam muito das palhoças”, comentou Valdir Lins, vocalista do grupo.

Quem não entra na dança pelo menos observa. Para quem não arrisca nenhum passinho vale a pena virar plateia e admirar quem dança e balança. Vitalidade, harmonia e irreverência são aspectos que sobram nas palhoças do São João de Campina Grande.

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