Inscrições abertas para o ‘The Koice’ Brasil 2018
Este ano quem chega ao Salão do Artesanato da Paraíba, encontra muita animação com forró pé-de-serra, comida regional e muita diversão. Esses são os atrativos que tem levado milhares de pessoas à Vila Junina em Campina Grande. Em sua segunda edição, a Vila é um dos pontos mais visitados neste São João. Na edição anterior o evento acontecia na antiga estação ferroviária, próxima ao Açude Velho, de onde parte a Locomotiva Forrozeira, e onde também está instalado o Museu do Algodão. Este ano a Vila ganhou um novo espaço, junto ao Salão do Artesanato na Av. Brasília em Campina Grande.
O espaço é bem amplo e possui uma praça de alimentação com 80 conjuntos de mesas, o que comporta cerca de 320 pessoas sentadas, além de toda estrutura como banheiros, área para as crianças e muito espaço pra dançar. No palco, a irreverência do Coroné Lamparina diverte à todos com suas brincadeiras e provocações. Diversos trios de forró já se apresentaram no local e outros ainda tem agenda marcada até o final do mês. Quem chega na Vila Junina não consegue ficar parado, o local é frequentado por pessoas de todas as idades, uma delas é a aposentada Severina Moreno Silva que apesar dos 73 anos de idade, era uma das mais animadas forrozeiras.Ela nos disse que aprovou a mudança de local da Vila Junina: “ Eu gostei demais, ficou mais amplo, mais seguro e a praça de alimentação bem maior. Estou me divertindo muito aqui, o Coroné é muito engraçado e os trios de forró são muito bons, a música é boa!”. Durante a tarde, o Coroné convida o público para participar de uma quadrilha junina improvisada, e muitos entram na brincadeira transformando a praça de alimentação num grande arraial com um verdadeiro quadrilhão, sob o comando irreverente do Lamparina.
No salão também acontecem apresentações de quadrilhas juninas escolares e de várias localidades da Paraíba, concurso de dança e o show de talentos ‘The Koice Brasil’, que surgiu de uma conversa entre amigos, fazendo uma paródia ao ‘The Voice Brasil’ da Rede Globo de Televisão – a diferença é que aqui, os candidatos reprovados pelos jurados, recebem um coice, como explica o Adeilton Costa Pereira, que interpreta o Coroné Lamparina, “mestre sem cerimônia” do concurso musical: “Quem canta passa, quem não canta, leva um coice”, tudo em clima de brincadeira e improviso, onde o prêmio principal é a diversão e os aplausos da plateia, além é claro, dos brindes dos patrocinadores. As inscrições são gratuitas e já estão abertas através da página da Vila Junina no Facebook, perfil no Instagram e na própria Vila. A primeira eliminatória acontece na próxima terça-feira (26), a partir das 19:00h, com a grande final programada para o dia 30, quando também acontecerá o sorteio de um “balaio junino”, com mais de 50 itens ofertados pelo patrocinadores, dentre eles cachaça, cocadas, rapadura, entre outros, a rifa é vendida no local ao preço de R$ 2,00. A comissão julgadora deste ano já tem duas presenças confirmadas, uma delas é a cantora, radialista e jornalista Inaudete Amorim e uma das coordenadoras do projeto Claudete Leite, que “representa”, a cantora baiana Cláudia Leite, tudo com muito humor e respeito aos candidatos.
Talentos revelados
Apesar de ser uma grande brincadeira, o The Koice Brasil acaba revelando verdadeiros talentos da música Paraibana, uma dessas revelações é o cantor Max Marcel, que participou do concurso em 2017, e apesar de ter ficado em terceiro lugar, vêm despontando no cenário musical campinense, já tendo apresentado show na sala Paulo Pontes do Teatro Municipal Severino Cabral, em Campina Grande. Este ano ele é uma das atrações do Palco da Vila, como convidado de honra. Max foi acompanhado pelo Trio Triângulo de Ouro e entre outras, interpretou a música Lápis de Cor, em homenagem ao cantor paraibano Flávio José, interpretação que deu a Max Marcel o terceiro lugar na edição anterior e muitos aplausos do público que o acompanhou atentamente.
Diversão e renda
Como o espaço da praça de alimentação é bastante amplo, o cardápio alimentar é bem variado, dispondo de comidas típicas como pamonha, milho cozido, mugunzá entre outros. Mas a Vila também dispõe de outros tipos de lanches como o crepe suíço, bastante consumido em festas populares, dando oportunidade de uma renda extra para os pequenos comerciantes, como o Marcos Mizael: “Eu já trabalho com crepe há seis anos, mas nunca tinha colocado minha barraquinha aqui na Vila nem no Salão do Artesanato, e este ano consegui. Pra mim, tem sido muito bom pois tenho vendido uns 100 crepes por dia e cada um a R$ 5,00, o que vai garantir um dinheiro extra no final do mês”. Assim como o Marcos, os eventos paralelos do Maior São joão do Mundo, garantem geração de renda para várias famílias, favorecendo assim, a economia do município.