ESPECIAL| Labirinto: a Arte que Une Gerações

Campina Grande, 17 de junho de 2019  ·  Escrito por Bruna Martins e Pâmela Vital  ·  Editado por Edson Tavares  ·  Fotos de Pâmela Vital e Bruna Martins

Bonecas expostas no estande dentro do Museu no 30º Salão de Artesanato Paraibano em Campina Grande.

Com esse lema, criado pela própria organização para enfatizar um dos mais antigos trabalhos de artesanato, o 30º Salão de Artesanato Paraibano, sediado em Campina Grande, traz o Labirinto como a arte homenageada nesta edição.

Tudo começa no cortar o tecido, depois riscar, desfiar para fazer o xadrez em um próprio labirinto, encher o bordado, torcer casa por casa (leia-se, quadrado por quadrado), perfilar o contorno, lavar, engomar com água de goma de tapioca para deixar na rigidez tradicional da arte e, por fim, vender. Seguindo os complexos passos, a ideia de confeccionar um artigo que pode levar até um ano para ser feito soa quiçá estranha. Afinal, em um mundo regado ao Fordismo, em que o consumo do novo e a rapidez no desenvolvimento de objetos são prioritários, o motivo de se gastar tanto tempo e energia em apenas uma peça tende a ser inconcebível. Contudo, para os quatro mil artesãos, na maioria mulheres, que transformam o linho em uma obra de arte que dura décadas, servindo como exemplo de mãe para filha, esse processo nada mais é do que natural.

Nos dias 12 a 30 de junho, das 15h às 22h, mais de 300 artesãos de toda a Paraíba encontram-se em um espaço onde as mãos são o maior instrumento de trabalho. O local escolhido para suas exposições não poderia ser outro: o Museu de Arte Contemporânea, na Rua João Lelis, 581, no bairro do Catolé, perto do Shopping Partage. O MAC, como é chamado, foi cedido, em parceria, à UniFacisa, depois da finalização de uma reforma no espaço. A organização do evento contou com cerca de 30 alunos de Arquitetura, professores do curso, em especial o arquiteto Gustavo Vaz, para ajudar a moldar as áreas interna e externa do ambiente para o Salão.

Com o diferencial deste ano sendo a ação social e a preservação do meio ambiente, o evento capitaneado por Marielza Rodrigues, gestora do Artesanato Paraibano da Secretaria de Turismo e Desenvolvimento Econômico do Governo do Estado da Paraíba, trouxe patrocinadores como o Procon Estadual e o Empreender Paraíba. Outras Secretarias, como a de Desenvolvimento e Articulação Municipal, encabeçada pela secretária Ana Cláudia Oliveira da Nóbrega, também exerceram papel decisivo na sua realização.

A doação de 1kg de alimento não perecível no ato de entrada, em prol das famílias carentes da Diocese de Campina, junto a proibição do uso de sacolas plásticas nos estandes, e canudos não reutilizáveis na praça de alimentação foram, além de tudo, uma exigência de um mercado cada vez mais consciente com os cuidados com o meio ambiente e o auxílio ao próximo.

Alguns dos brinquedos infantis disponíveis nos estandes do Museu por artesãos locais.

Segundo Marielza, o planejamento para a edição deste ano começou em janeiro, quando foi nomeada para este cargo. Desde então, com a ajuda de colaboradores campinenses, houve a escolha de um local que trouxesse a arte como bandeira principal. “Nós não temos uma sede fixa, então todo ano dependemos da boa vontade de alguém, emprestando um terreno, um imóvel. A direção da UniFacisa, que estava terminando uma reforma, disse que queria que o Museu fosse usado e conhecido pela comunidade”. Desta forma, após conversa com o Governador do Estado, foi feito o contato, via ofício, com Dalton Gadelha, chanceler da Instituição, que não levantou qualquer empecilho para a cessão do espaço.

Desde o alojamento dos artesãos à decoração necessária para o ambiente foi pensado nos mínimos detalhes. Concursada do Sebrae-PB há 17 anos, a organizadora afirmou estar cedida ao governo da Paraíba pela segunda vez para ajudar na organização de eventos parecidos com esse. “Eu tenho uma militância no artesanato desde 2002. Fiz parte da equipe do Sebrae que mantinha ligação direta, através do amor à causa, com o projeto Sebrae Artesanato à época e alguns outros voltados ao desenvolvimento local e sustentável, também focados nas comunidades”, contou.

A busca pelo tema principal do Salão de 2019 foi intensa. Sabe-se que é através dele que se constrói toda a narrativa do que será a edição daquele ano. “O marketing, a divulgação, como será a arte das camisetas e do audiovisual, tudo isso parte de um tema e, este ano a gente resolveu homenagear o Labirinto do Agreste e Brejo Paraibano, através de seis mestras da arte”, comentou em entrevista.

Com participação ativa dos membros das Secretarias envolvidas, Marielza explicou que o trabalho foi escolhido pois verdadeiramente representa um dos grandes feitos dos artesãos paraibanos. “Hoje a gente já percebe de quatro a cinco gerações unidas na mesma comunidade, fazendo o Labirinto”, disse enquanto explicava que a questão de gênero ainda é muito forte, tendo as mulheres como maior exemplo de resistência ao tempo e à modernidade.

O grupo capitaneado pela gestora atravessou grande parte dos mais de 56 mil quilômetros quadrados do Estado, espaço um pouco menor que a Croácia, incluindo três comunidades quilombolas – a Zumbi, em Alagoa Grande; o Grilo, de Riachão do Bacamarte; e o quilombo Pedra D’Água, em Ingá. “Neste último, uma das seis mestras, Maria Marta, veio de lá”, confidenciou, apontando para o hall principal, onde a exposição da arte estava em evidência, com as próprias homenageadas conversando, vendendo e contando suas histórias para o público que chegava ao Salão.

Marielza Rodrigues, gestora do artesanato paraibano e organizadora do evento.

Para que as pessoas verdadeiramente entendessem o que é o Labirinto, Marielza falou que houve uma total imersão nas comunidades. Os responsáveis pela produção midiática filmaram e documentaram em seis mini vídeos o dia a dia de cada uma das mestras, mostrando o difícil processo para deixar cada peça pronta. “Cada passo é complexo e delicado até que o produto final chegue ao consumidor que vai usar seja uma blusa, seja uma passadeira, seja uma toalha de mesa”, elaborou explicando o motivo do alto valor financeiro do artigo que pode alcançar até mil reais.

A equipe do Salão de Artesanato, que trabalha diuturnamente há 40 dias, traz labirinteiros de locais próximos, mas que muitos turistas e mesmo paraibanos moradores do Município, não conheciam. “Muitos não sabem dos quatro mil artesãos que fazem Labirinto no Estado. Buscamos mostrar aos paraibanos, principalmente daqui de Campina, que tão pertinho, em Juarez Távora, Riachão do Bacamarte, Serra Redonda, existem pessoas que fazem o Labirinto. Esse é mais um atrativo que a mídia deve cobrir para levar o turismo e a curiosidade a esse locais”, disse em tom de sermão, ante as faces de surpresa das repórteres, que, assim como muitos outros, não sabiam desse fato.

Para exemplificar, contou a realidade do quilombo Pedra D’Água, no município de Ingá, que está localizado entre morros, e cujos habitantes vivem da mesma forma há 100 anos. Segundo Marielza, “são todos negros, não se misturam, têm sua cultura e tradições preservadas e a maioria de suas mulheres fazem o labirinto. Para quem puder ir lá e conhecer, mesmo após o Salão de Artesanato, seria muito legal saber de suas histórias e seu dia a dia”.

Quanto à escolha dos artesãos, um Edital Público é postado no site do Governo do Estado, convocando aqueles dispostos a participar do evento naquele ano. Dos oito mil profissionais cadastrados, apenas os que atendem aos critérios de empreendedorismo, como a qualidade do produto, a posse de maquinetas de cartão de crédito, etiqueta, nota fiscal e embalagem autossustentável adequada, podem participar. “Normalmente, há o rodízio de artesãos, devido à capacidade física do Salão. Também é levada em conta a capacidade produtiva de cada um”, explica.

A gestora contou, ainda, um pouco do seu sentimento em estar trazendo esse tema para conhecimento de muitos visitantes, num Salão em que o trabalho laboral, feito com as próprias mãos, é valorizado. “Sinto-me honrada por fazer parte desse projeto, principalmente porque, como mulher, trabalho pela causa, pelo amor à arte, ao artesanato, música, cultura em geral, sobretudo no nosso país, onde essa área tem pouco incentivo. É um trabalho muito árduo, mas a nossa missão é muito nobre”, explicou Marielza, cujo olhar refletia exatamente o que falava. “Só posso agradecer a minha equipe de mais de trinta pessoas, que buscam o melhor para que todos os programas aconteçam. Sem eles, nada disso seria possível”, agradeceu.

Por fim, relembrou que o Programa de Artesanato é muito maior do que apenas os  dois Salões anuais. “Visitamos artesãos de Cabedelo a Cajazeiras, cadastrando-os e entregando a carteira de artesão. Através da Curadoria do Artesão Paraibano, ainda fazemos capacitação, com cursos, orientação e informações voltadas a este público”.

Como vitrine, além dos conhecidos Salões de Artesanato na Rainha da Borborema e em João Pessoa, existem cinco grandes feiras as quais o Estado está presente: São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife. “É muito mais do que o Salão, e é isso que o paraibano deve conhecer e também se apaixonar”, finalizou sorrindo.

Do anonimato à homenageada da festa

Dona Dida, uma das seis mestras do Labirinto homenageadas nesta edição do Salão de Artesanato.

Para essa 30ª edição do Salão, o Labirinto, arte secular passada de geração a geração, como bem expressa o lema do Salão de Artesanato deste ano, foi personificado em seis mestras que têm seus trabalhos expostos logo no hall de entrada.

Assim que o visitante entrega seu quilo de alimento, ou escolhe comprar na hora algum dos disponibilizados na bilheteria, ficam maravilhados por exemplares de Labirinto e painéis grandiosos, contando um pouco da vida de cada uma dessas homenageadas:

  • Maria Marta Ferreira, moradora do quilombo Pedra D’Água, em Ingá, onde aprendeu aos seis anos a arte, e é considerada liderança na preservação da cultura local;
  • Evanilda Cavalcanti de Farias, moradora da Zona Rural de Serra Redonda, professora, cinco vezes eleita vereadora da cidade, chegando a presidir a Câmara do Município;
  • Antônia Ribeiro de Mendonça, falecida aos 87 anos, moradora do Riachão do Bacamarte e fundadora da Associação das Artesãs Rurais de Chã dos Pereira. Recebeu da Curadoria do Artesanato Paraibano o título de Mestra da Lei Canhoto da Paraíba, sendo reconhecida nacionalmente pelo seu artesanato;
  • Terezinha Matias Cristóvão, moradora de Riachão do Bacamarte, mestra no ofício que lhe rendeu até uma feira de artesanato em Paris, França, para divulgar o que é feito na Paraíba;
  • Antônia do Nascimento Marinho, moradora de Juarez Távora, tem a experiência de mais de 50 anos confeccionando peças de Labirinto e participa ativamente de feiras por todo o país, mostrando os artigos paraibanos;
  • Por fim, Rita Fernandes da Silva, formada em Letras, e empreendedora social, cujo ofício já foi condecorado com o prêmio Sebrae TOP 100 de artesanato.

O que essas seis mulheres têm em comum, além do amor pelo Labirinto, é a vocação para ensinar. Enquanto fazíamos as entrevistas para compor esta reportagem especial, a equipe foi  abordada por uma senhora, com um sorriso caloroso no rosto, blusa característica do Salão por cima do que seria um vestido feito inteiramente nos moldes da arte do Labirinto, e nos deu um abraço carinhoso, que fez a todos se sentirem em casa.

Detalhe de bordado entrelaçado ao Labirinto, marca registrada de Dona Dida.

Aquela era Dona Dida, ou apenas Dida para os íntimos – algo que em cinco minutos de conversa qualquer um logo virava, devido a sua simpatia. Ao ser questionada se aceitaria fazer uma entrevista conosco, não titubeou, e já se desculpando por algum erro, falou como estava feliz por poder mostrar não apenas seu trabalho, mas de várias mulheres, que, iguais a ela, tinham as peças do Labirinto como fonte de renda extra, em sua comunidade.

No auge dos seus 72 anos, Dona Dida confidenciou que aprendeu a fazer as peças do Labirinto com sua mãe, que, por sua vez, aprendera com sua avó. “Desde que me entendo de gente sei fazer as peças. Aprendi com minha mãe, que era agricultora e artesã do Labirinto, ganhando uma renda extra. Então, nasci naquele meio e como no Labirinto são muitos passos para serem feitos, minha casa era a própria oficina onde todas faziam e aprendiam juntas”, contou.

Uma de suas características principais é estar sempre se reinventando, segundo ela. Como sua assinatura, fala que além dos  artigos de Labirinto tradicionais, adiciona o bordado para chamar a atenção dos visitantes e ficar sempre à frente da concorrência. “Ao longo dos anos, muitas coisas mudam. Às vezes o tradicional não basta, então busquei dar meu toque diferente, com o bordado de flores, principalmente, para agregar valor a peça, sabe?”, revelou à equipe.

Por serem peças delicadas e artesanais, o processo pode levar de 60 dias para uma toalha de mesa simples, até um ano para um cobertor de cama mais completo, a depender da matéria-prima. Dona Dida falou que estava no Salão de Artesanato representando todas as mulheres que formam a Associação das Artesãs de Serra Redonda, ou “Bordados da Serra”, a forma que é mais conhecida no Estado. Ainda por não haver uma sede própria, cada artesã faz o que pode, ficando responsável por uma etapa na elaboração do Labirinto. Como conhecedora de todos os processos, a mestra supervisiona o trabalho final e auxilia para que, juntas, possam aumentar a produção e as vendas, beneficiando de forma igualitária a todas com uma renda a mais no final do mês. “Cada uma de nós faz seu trabalho de formiguinha nas suas casas. Quando estamos próximos às feiras, selecionamos as peças mais bonitas que ainda não mostramos antes e expomos para conseguir vender tudo”, falou.

Enquanto a entrevista se desenrolava, visitantes passavam curiosos pelas peças, ora admirando, ora apontando para o rico bordado feito por Dona Dida, na sua exposição. Vendo que a movimentação aumentara e que estava na hora de a equipe seguir caminho, a conversa foi finalizada com o seguinte questionamento: “Como a senhora se sente em ser escolhida uma das mestras homenageadas deste trigésimo Salão de Artesanato aqui em Campina?”.

Com um suspiro de felicidade e o desenhar de um sorriso nos lábios de quem teria ainda tanto para contar, falou: “Ah, foi extraordinário! Eu era artesã, mas eu não sabia que eu era uma profissional, porque eu não tenho cursos de faculdade e é só algo nato, que vem de família. Mas hoje posso ensinar a todos que queiram aprender e fico realizada ao notar que aprenderam. É esse sentimento de realização que um evento como esse me traz, e isso me basta”, confidenciou com brilho nos olhos.

Visitantes

O salão de artesanato é uma alternativa para quem deseja conhecer mais sobre o trabalho manual nordestino e a cultura popular. Durante o evento, cada peça fabricada pelos artesãos é exposta em um estande; são contadas as histórias desde a origem do objeto até chegar à casa do consumidor, ao passo que conquista a simpatia do cliente.

A expectativa dos organizadores é que mais de 100 mil visitantes passem pelo espaço. Entre eles, pessoas do interior da Paraíba e turistas de outros Estados do país.

A paulista Jussara Araújo (38) já participou em edições anteriores do evento. Ela contou que sempre fica encantada com a riqueza de matérias-primas que nossa região tem. “Todos os artesanatos são maravilhosos. São bem típicos do Nordeste e a gente não vê em outros lugares. Eu, particularmente, me emociono ao ver o labirinto, porque minha avó fazia isto. Me lembro, quando criança, ela fazendo uma toalha para a mesa da minha mãe”, comentou, emocionada, ao relembrar da infância.

Daiane Santana (27), da Bahia, e Mirtes Oliveira (32), de Pernambuco, são amigas e recentemente vieram morar em Campina, em função de estudo. Quando questionadas sobre qual artesanato chamava mais a atenção delas, ambas responderam que tudo é muito lindo. A cidade é muito aconchegante e envolve o visitante com o clima da festa. Mirtes acrescentou ainda que “aqui se valoriza a mulher, principalmente a artesã, no que diz respeito ao crochê, à renascença”. O setor destinado às mestras homenageadas trouxe o empoderamento feminino em pauta.

Delegada Tatiana Matos Foto: Arquivo Internet

Para a delegada de polícia Tatiana Matos, que estava acompanhada de seu marido e filho, é importante mostrar para as crianças “ a cultura e as coisas que são produzidas, para que eles valorizem tudo que é feito por nós”. A delegada afirma que, mesmo trabalhando mais nesse período, tem como encontrar um espaço na agenda para curtir com a família. A animação do público campinense é contagiante. Por isso, visita a cidade no São João. “Aqui, no salão, é um ambiente bem familiar e a mudança de local está excelente. Tá maior e bem organizado”, avaliou Tatiana.

Assim como no artesanato, há uma forte presença feminina, prestigiando o evento, perpetuando o trabalho, que requer força e resiliência durante décadas. Como o tecer do labirinto, nós mulheres, nos encontramos de uma maneira ou de outra e achamos a saída para lutar por nossos direitos.

 

Segurança no evento

Pelo tamanho do Salão de Artesanato, a parceria com bombeiros civis e segurança particular é essencial. Desta forma, a segurança foi reforçada, não apenas com o aparato humano e as câmeras, como também refletores foram cedidos pela Prefeitura de Campina Grande para iluminar a entrada do evento, demonstrando que o Salão é um local onde até mesmo adversários políticos podem se unir para colaborar no que for necessário, em prol de um bem comum.

Ainda assim, ao sair do local, foi observado por nossa equipe que seria de bom grado reforçar a iluminação pública da rua inteira onde o museu está localizado. Durante o resto do ano, a área recebe menor movimento de pessoas e carros, e, por haver terrenos baldios ao seu redor, fica escura e perigosa à noite. Por isso, o reforço da Prefeitura Municipal também deveria, pelo menos temporariamente, se estender para a toda extensão, e não apenas para um ponto específico, já que muitos visitantes estacionam nos arredores durante evento.

Segundo William Júnior (28), um dos bombeiros civis designados para os 19 dias da amostra,  há uma crescente no número de visitantes, principalmente de idosos, por isso o olhar redobrado nas medidas de segurança é fundamental. “Nosso papel é a prevenção de acidentes para o público que vem, assim como incidentes patrimoniais, como em casos de incêndio e primeiros socorros, por exemplo”, asseverou.

Quanto às medidas de segurança, ele afirmou que “já deu para saber que como nosso maior público é idoso, então nossa maior preocupação hoje é evitar acidentes como quedas de escada ou na rampa”. Para isso, confirma que foram postas fitas antiderrapantes e sinalização adequada, além de garantir a firmeza dos corrimãos e a funcionalidade do elevador para pessoas com deficiência de locomoção, a fim de que também possam visitar o museu por completo e aproveitar todos os ambientes.

Wesliene Silva (27) reforçou o papel dos bombeiros na fiscalização do ambiente, antes mesmo de sua inauguração. “Nós checamos tudo, faltam apenas mangueiras, que já estão sendo providenciadas; mas tirando este fato, tudo está correto”, disse à equipe de reportagem.

Ao todo, mais de dez pessoas estão responsáveis pela cobertura da 30ª edição do Salão de Artesanato Paraibano, no quesito da segurança privada. O 10º Batalhão de Polícia Militar, através do Comandante Francimar Vieira Lins, também confirmou à equipe de reportagem que disponibilizou uma viatura fixa para o evento, das 15h às 22h, até o dia 30 de junho, além da determinação da Força Tática para reforçar o policiamento no local.

Programação

Além da exposição das obras, a 30ª edição do Salão de Artesanato Paraibano também oferece ao público e aos mais de 300 artesãos presentes, uma programação variada, entre palestras e oficinas. No Auditório do Museu de Arte Contemporânea, nove palestras são oferecidas gratuitamente:

Museu de Arte Contemporânea da Paraíba (MAC) em Campina Grande. Foto Arquivo de Internet.

13/06, às 18h
Contando histórias: “Terezinha Matias Cristovão. Entre o roçado e o labirinto, uma vida de liderança comunitária”

Palestrantes: Terezinha Matias Cristovan e José Nilton da Silva

14/06, às 18h
Mesa Redonda: “Artesanato, Arquitetura e Design”

Palestrantes: Sandra Moura e Jonas Lourenço

15/06, às 18h
Mesa Redonda: “Vida e Obra de Jackson do Pandeiro”

Palestrantes: Damião Ramos Cavalcante, Marco Di Aurélio, Severino Antônio da Silva e Marcelo Félix Lopes

20/06, às 18h
Mesa Redonda: “Artesanato e Gastronomia: A mistura gostosa que já deu certo”

Palestrantes: Eduardo Barroso, Divaildo Júnior, Cumpadre João, Diego Barreto e Aline de Abrantes Martins

21/06, às 18h
Contando histórias: “Dona Toinha de Juarez: A resistência da Artesão Labirinteira”

Palestrante: Dona Toinha Simeão

Apresentação: Ana Maria Farias e José Augusto

22/06, às 18h
Mesa Redonda: “Criatividade, Turismo e Economia, juntos pela Sustentabilidade”

Palestrantes: Rosa Maria Correia e Maysa Gadelha

25/06, às 18h
Contando histórias: “Dona Toinha da Chã dos Pereira, um exemplo a ser seguido”

Palestrante: Renaly Ribeiro Mendonça

Apresentação: Janete Lins Rodriguez

26/06, às 18h
Mesa Redonda: “O Artesão na Era da Transformação Digital”

Palestrantes: Ismael Nóbrega, Renata Câmara Avelino e Ingridt Milena

27/06, às 18h
Mesa Redonda: “Artesanato e Moda. Labirinto: A Arte que Une Gerações”

Palestrantes: Ângelo Rafael, Gabriela Maroja, Helena Dieb, Larissa Uchôa e Lucyana Azevedo

Ainda, chegando ao final do caminho que leva para a saída do evento, os campinenses e turistas que visitam o Salão se surpreendem com um palco no meio da Praça de Alimentação, para apresentação de trios de forró da região. São eles:

12/06, às 19h
Trio Guerreiros do Forró

14/06, às 19h
Chagas Fernandes

15/06
~ às 18h

Tiago Monteiro – Trovador

~ às 19h

Filhos de Jackson

16/06, às 18h
Flávio Mota

19/06
~ às 19h

Jeito Nordestino

~ às 20h

Carlos Perê e Banda

20/06 às 19h
Artista: Jeito Nordestino

21/06 às 19h
Artista: Trio Borborema

22/06, às 19h
Jackson Envenenado

23/06
~ às 18h

Tiago Monteiro – Trovador

~ às 19h

Kaká do Forró e Banda

24/06, às 19h
Trio Esperança

28/06, às 19h
Sócrates Gonçalves

29/06, às 19h
Kaká do Forró e Banda

30/06, às 19h
Chagas Fernandes

E então, o que estão esperando para ir lá dar uma olhada e adquirir belos exemplares do artesanato paraibano?! Viva mais intensamente o nosso São João!

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