Já é época de São João, e nesse período de festejos juninos a venda dos fogos de artifícios costuma aumentar. Sua aquisição é tradicionalmente passada de geração à geração e vem crescendo anualmente com a finalidade de deixar a comemoração ainda mais esplêndida. O céu fica ofuscante com o espetáculo pirotécnico repleto de brilho e tons vibrantes das mais diversas cores e formas como um dos símbolos da festa nordestina.
Os fogos de artifícios divertem as diversas faixas etárias e são verdadeiras brincadeiras atrativas, seduzem a atenção e o desejo dos pequeninos festeiros. As crianças tem acesso a esses artefatos desde ‘inofensivo’ como traque e chuveirinho, a um perigoso rojão ou foguetes sem a supervisão dos país.
Quem vê toda a beleza e historicidade, não imagina o perigo que os fogos de artifícios representam. Um deles recai sobre as crianças que são os maiores consumidores dos fogos. Segundo a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), os números de casos registrados com atendimento de queimadura costumam dobrar no período junino.
Os vendedores experientes comercializam fogos classificados em A,B,C e D. A comerciante Maria Joelma há 25 anos trabalha com fogos de artifícios adverte “é importante que se faça uma avaliação das condições da embalagem, que não deve conter sujeira, amasso, deformação ou rasgos”. Dessa forma é imprescindível o controle da compra de fogos de artifícios feita por crianças por parte de um adulto. A cautela no ato da escolha do tipo de produto requer atenção. Entre os cuidados a serem adotados está a descrição do tipo de produto de artifício à venda.
O consumidor deve ficar atento e observar se na embalagem do produto há informações sobre como soltar de forma correta o produto, assim como informações a respeito do nome e endereço do fabricante. Dentre os registros a serem observados com a máxima atenção estão a data de fabricação e de validade do produto, CNPJ e inscrição: Industria Brasileira, classe do produto, registro do Exercito e instruções de uso. Todos esses elementos indicam o conhecimento e a preocupação do fabricante em se adequar ás normas e aos regulamentos técnicos necessários.
Segundo o capitão Ramalho do Corpo de Bombeiros de Campina Grande ” As lesões mais frequentes são queimaduras de terceiro grau, ocasionadas pela falta de cuidados ao manusear os fogos, principalmente quando se trata de crianças. O melhor combate é a prevenção
Averiguação
Para prevenção é importante que o consumidor verifique também se o estabelecimento é credenciado se está vendendo o produto com autorização da Divisão de Armas, Munições e Explosivos – DAME – da policia Civil, Corpo de Bombeiros e Exercito Brasileiro. Ressaltando que se houver qualquer suspeita da realização de atividade clandestina envolvendo fogos de artifícios, a mesma deve ser denunciada a Policia, através do número 190. Esse tipo de comércio clandestino oferece risco para a vizinhança e aos possíveis clientes do produto.
Medidas de precaução
Algumas medidas simples e importantes de segurança podem e devem ser tomadas pelo usuário do produto para que a brincadeira não termine em acidente, como:
|
O que fazer?
Em caso de acidentes, é recomendável lavar o ferimento em água corrente, evitar tocar na área queimada e não usar nenhuma substância sobre a lesão, cobrir o ferimento com pano úmido e limpo e procurar atendimento médico. Não é aconselhável aplicar sobre o ferimento creme dental, manteiga, sabão, borra de café, azeite ou receita caseira.
O descuido na utilização dos fogos de artifícios pode causar queimaduras de segundo e terceiro grau, além de danos como: dilacerações, cortes, mutilação de dedos e mãos, perda de visão e lesão auditiva.
Fotos: Amanda Lopes/ Joaresa Mendonça
Edição: Emmanuela Leite