Parque do Povo se transforma em jardim com as Flores Belas da terceira idade

Campina Grande, 20 de junho de 2019  ·  Escrito por Renato Douglas  ·  Editado por Victória Lôbo  ·  Fotos de Mateus Pereira
Com sorriso no rosto e muito ritmo, elas encantaram a noite.

Com sorriso no rosto e muito ritmo, elas encantaram a noite.

E segue assim, o forró sendo o ritmo que embala gerações e alegra a todos. A exemplo disso, um grupo formado por forrozeiras com idades a partir dos 50 anos, o Flôres Belas, se apresentou na noite de quarta-feira (19), na Pirâmide do Parque do Povo, em Campina Grande, e mostrou um pouco que o forró não tem idade e que pode ser apreciado por todos.

O grupo formado no município de Santa Rita, na Paraíba, realiza durante todo o ano atividades voltadas para a dança. Sempre muito animadas, contam como é a rotina, já que não estão ativas apenas no período junino. “O nosso grupo é permanente. Tem educação física, fazemos teatro. É uma turma que trabalha o ano todo, então somos constantes, não é apenas no São João, são os 365 dias do ano”, destacou Maria da Penha, de 71 anos, que se apresenta com o noivo da quadrilha.

Os ensaios do Flôres Belas é voltado também para apresentações para cada data comemorativa, como carnaval, natal. Pode-se contar com a animação e a disposição de um jovem durante todos os eventos. “É um pouco cansativo e ao mesmo tempo não, porque é bom, nos ocupa, sabe? Eu não me vejo com 70 anos não. Biologicamente eu tenho essa idade, mas espiritualmente, mentalmente, eu acho que tenho uns 15 anos, porque eu gosto de dançar e do que faço. Então não tem coisa melhor do que fazer o que a gente ama”, completou.

A união do grupo é algo muito importante para a sua continuação. Outra componente, Maria José, 73, conta da alegria em participar e confeccionar os trajes. “A gente começa com os ensaios e depois as oficinas. Nós confeccionamos nossas roupas e essa aqui que estou foi eu que fiz. Fiz também as roupas da minha noiva e de mais outro componente. Então é um grupo que interage em tudo”, disse.

Além das danças, as integrantes do grupo praticam diversas atividades físicas para ajudar na preparação, tanto dos ensaios como das apresentações. “Nosso professor é formando em educação física, ele faz os alongamentos, os trabalhos manuais”, relatou a aposentada Socorro Oliveira, 71, que participa do grupo como forma de lazer.

Logo depois da apresentação, o grupo se dirigiu às palhoças de forró, localizadas na parte inferior do Parque do Povo, e fizeram uma verdadeira festa com muita animação e disposição de quem ama dançar um xote na melhor época do ano.

A verdade é que o Parque do Povo, por uma noite, deixou de ser o famoso Quartel General do Forró e se tornou em um jardim de flores juninas, que apesar das limitações, não exitam em viver a vida da melhor forma.

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