A festa junina é uma das mais tradicionais e animadas do Brasil, sendo a segunda mais popular do país, principalmente no Nordeste, ficando atrás só do Carnaval. A festividade já existia na Europa, e foi trazida para o Brasil pelos portugueses. Com o tempo, os elementos tradicionais da festividade europeia foi se misturando à cultura e culinária típicas do interior.
No Nordeste brasileiro, onde a comemoração junina é característica, durante os meses de junho e julho atrai turistas de todos os lugares, inclusive de outros países. A cidade de Campina Grande é conhecida pelo Maior São João do Mundo, com 30 dias de festas organizadas por toda a cidade, mas desde 2012, é realizada na Suíça uma extensão da comemoração junina que acontece na cidade paraibana.
A empresária campinense Adriana Florêncio Bishofberger, que mora há 28 anos na Suíça, sentindo saudades de sua cidade, criou o “São João de Genève”. Há dois anos, ela organiza a festa em Genebra, que dura 3 dias, com muita animação para adultos e crianças. Para animar a festa, Adriana sempre conta com a participação de cantores campinenses, como Gitana Pimentel e Fabiano Guimarães.
Este ano, na sua sétima edição, o evento começa hoje (12) e vai até o domingo (14), na Chemin de Franchevaux, 1217, Meyrin Genève, Suisse. Na programação, estão os artistas paraibanos Roninho do Acordeon, Thiago Correia, Fabiano Guimarães, Gitana Pimentel, Diogo Cachorrão e Ranniery Gomes. Além dos shows musicais, quadrilhas, barracas de comidas típicas e brincadeiras fazem parte da festa. E sempre com a decoração remetendo ao Parque do Povo, que é o ponto central das festas juninas de Campina Grande.
Os europeus, assim como os nordestinos, se preparam o ano inteiro para a festa, costumam fazer aulas de dança de salão, e se dedicam a estudar sobre o ritmo e aprender os passos do forró. Um povo que adota e valoriza uma cultura que nem é sua, mas que é apaixonado como se fosse.
A cantora Gitana Pimentel, em entrevista, comentou que é uma festa totalmente diferente da que estamos acostumados a ver, e que os moradores de lá se identificam mais com os trios de forró, com o forró raiz e tradicional, do que com as grandes bandas ou estilos mesclados. “Eles gostam de um forró mais lento, estilo xote, bem arrastadinho”, disse a cantora.