Pessoas que se dirigiram ao Parque do Povo tiveram que procurar proteção para curtir a noite sem se molhar.
Repórter: Jônatas Venâncio
Fotógrafa: Jade Rocha
Editora: Lara Melo
O termo “sextou”, sempre usado pelo povo que gosta de sair para curtir uma boa festa na sexta-feira, quase foi por água abaixo, literalmente, neste nono dia de São João. Quem saiu desde cedo para compromissos de rotina, se deparou com uma Campina Grande típica da época de São João: frio o dia inteiro, com chuva fina e neblina, que se intensificou ainda mais com o anoitecer. Para os corajosos que estavam decididos a curtirem as atrações do Parque do Povo, as opções que estavam disponíveis eram os famosos guarda-chuvas, que eram barrados na entrada, e as capas de chuva.
Transparentes, simples, e custando um valor único de dez reais, as capas de chuva foram muito requisitadas. Desde o Terminal de Integração, já se observava vendedores oferecendo o produto. Chegando na entrada do Parque do Povo, o que se via eram pessoas se protegendo da forte chuva, e lá estavam os comerciantes oferecendo capas como água no sinal em dia quente. Um deles era Ricardo Ferreira, que no meio de uma venda aceitou ceder uma palavrinha para nossa equipe: “Começou hoje a venda de capa. Tá melhorando! A gente sempre vem preparado, com capa pra vender… tá bom, tá dando pra descolar hoje”, afirmou o vendedor, que naquele momento já havia vendido cerca de cinquenta capas, de um total de cem disponíveis.
Porém, nem todo mundo quis ou podia comprar as capas. Foi o caso de Felipi Pontes, que se abrigou embaixo de uma barraca enquanto a chuva não passava: “Rapaz… tem que vir pra aproveitar, tem que curtir. Ainda pensei um pouquinho, mas disse: não, vou com os amigos, curtir, e tamo aí né, a chuva não vai atrapalhar nada não”. Ele estava com o amigo Vitor Emanuel do lado, que ficou indeciso se comprava uma capa ou bebida: “Faltou dinheiro, porque as coisas no Parque do Povo são caras. Aí se o cara gastar dinheiro com capa, não vai ter dinheiro pra comprar as outras coisas. Ou é o dinheiro da capa, ou é o da cachaça”, disse ele bem humorado.
Após o show de Eliane do Forró, a chuva deu uma cessada, deixando pessoas, como os dois amigos, felizes e prontos para irem curtir os shows. Mas os vendedores podem preparar mais material, pois os meses de junho e julho estão com tudo, prontos para molharem ainda mais o solo campinense e aqueles que adotam a frase: “Tá na chuva, é para se molhar”.