Exposição sobre Xilogravura e Calcogravura chega ao MAPP, cartão postal de Campina Grande

Campina Grande, 16 de maio de 2024

A exposição fica em cartaz até o dia 30 de julho.


Repórter: Isabella Sousa e Samya Amado

Fotógrafa: Isabella Sousa e Samya Amado

Editora: Gabryele Martins


Exposição traz Xilogravura ao MAPP. Samya Amado/Repórter Junino

O Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP) da Universidade Estadual da Paraíba, que fica às margens do açude velho, em Campina Grande, recebe a exposição “CARCAÇAS, TEMPO E MEMÓRIA” do artista Arnilson Montenegro. 

A nova exposição, que tem o incentivo da Lei Paulo Gustavo, junto à Secretaria de Cultura do município, é realizada pelo Atelier Gravo. 

O trabalho e arte destinados às produções através das xilogravuras são expostos numa sala do museu, proporcionando ao visitante um olhar para os detalhes que permeiam a cultura local. Mais que uma mostra, ela celebra a arte nordestina e traz uma poética talhada em cada material utilizado. 


A Xilogravura é uma das grandes expressões da nossa Cultura. Samya Amado/Repórter Junino

A exposição também teve uma preocupação com a acessibilidade, disponibilizando placas com traduções em braile para que pessoas cegas ou com baixa visão possam ter a experiência completa. Arnilson Montenegro, artista paraibano responsável pela exposição, explicou a ideia da mostra: “A xilogravura já está com a gente há mais tempo, com a literatura de cordel, mas agora você pode ter acesso à uma técnica que é a calcogravura (ou gravura em metal)”. 

Situada em uma das salas do museu, a mostra conta com mais de 20 trabalhos em gravura em metal e o público pode conferir os processos da produção das peças através de um vídeo disponibilizado na sala da exposição, com o objetivo de demonstrar todo o processo, como explica Arnilson: “Tivemos a preocupação de levar até o museu as ferramentas, inclusive as falhas/erros. As frustrações também estão presentes na exposição”. 


Ferramentas utilizadas para a confecção das xilogravuras. Isabella Sousa/Repórter Junino

Alessandra Camile, 22, que veio do Rio Grande do Norte, contou que não conhecia a xilogravura, mas pontuou a importância de encontrar obras nordestinas dentro de museus: “Achei bem interessante o fato de reutilizar materiais e ter coisas que remetem ao Nordeste. É muito importante ver que Campina Grande, uma cidade com foco turístico, vai poder mostrar a nossa cultura para quem vem visitar o São João”.


Pessoas cegas ou com baixa visão também podem aproveitar a exposição. Samya Amado/Repórter Junino

A pernambucana Rayane Francielen, 26, comentou que teve acesso às informações sobre a exposição nas redes sociais e teve interesse em vê-la de perto. Ela disse que encontrou semelhanças com obras feitas em seu estado: “Lembra as obras da cidade de Bezerros e Caruaru. Eu achei o ambiente bem leve, vale a pena conhecer. Eu estou aqui para entender um pouco mais sobre o que o artista quis passar através das imagens. Inicialmente pensei que fosse feito com lápis, mas vi [de perto] que são outros materiais.” Disse a turista.


Os visitantes podem interagir algumas obras. Isabella Sousa/Repórter Junino

Essa é uma oportunidade para quem quer conhecer um pouco mais da xilogravura e calcogravura, em uma mostra permeada de muita técnica, poesia e cultura, nos levando a refletir sobre a passagem do tempo.

SERVIÇO 

A mostra “CARCAÇAS, TEMPO E MEMÓRIA” fica em Campina Grande até julho, no Museu de Arte Popular da Paraíba (MAPP), localizado às margens do açude velho. 

Data: 03/05/2024 – 30/07/2024

De terça a sexta, das 10h às 19h

Sábados e domingos, das 14h às 19h

A ENTRADA É GRATUITA.

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