Oficina ministrada pelo jornalista Arthur Lira, no Curso Intensivo de Jornalismo Digital e Reportagem, traz lições importante aos participantes
Repórter: Paloma Mahely
Fotógrafo: Ana Beatriz Lima
Editor: Fernando Firmino
O Curso Intensivo de Jornalismo Digital e Reportagem encerrou a programação do seu primeiro módulo deixando uma mensagem principal: o jornalismo é um serviço, usado para dar voz a quem não costuma ter. O papel do profissional jornalista é enxergar para além do óbvio, e possuir sensibilidade o suficiente para ouvir histórias e contá-las de tal forma capaz de transformar realidades.
Na noite desta quinta-feira, 16, o jornalista Artur Lira ministrou a oficina “Pauta e apuração em multiplataforma”. Em um tom de conversa descontraída, trouxe dicas, apresentou exemplos, contou histórias, mas, sobretudo, deu uma lição de empatia. “Qual o papel social desse conteúdo que estou fazendo?” Foi a pergunta que permeou a discussão. Na voz de quem fala por amor ao ofício jornalístico, Arthur incentivou os alunos na busca pelo seu espaço, e os encorajou a encontrar seu próprio jeito de contar histórias, estabelecendo critérios e habilidades técnicas para tornar tudo ainda mais profissional e ético.
Mas, se o antes aluno participante do Repórter Junino e agora jornalista renomado, pudesse escrever uma última pauta para o projeto, que história ele escolheria contar? “Eu gosto muito de contar histórias de pessoas. Então eu procuraria uma história de, por exemplo, algum trabalhador, algum comerciante, que teve a vida transformada pelo São João. Eu focaria numa história inspiradora, que mostrasse tanto a bravura do nosso povo, como o quão essa festa é importante para a valorização e crescimento da nossa sociedade”, compartilhou, com a segurança de quem tem o olhar aguçado e a perspicácia de quem busca trazer à tona o melhor do jornalismo.
Ele espera que os alunos presentes na oficina estejam cientes da oportunidade que o Repórter Junino representa, quando, mesmo na universidade, permite que os extensionistas vivenciem sua profissão da maneira mais ética e digna possível. “Na hora da pauta, não existe distinção entre alunos e demais veículos. Ali todo mundo é imprensa”.
A semente desse bom jornalismo foi plantada, e com certeza vai gerar bons frutos. Já começou a germinar em alunos como Ester Varelo, que externou sua satisfação com a oficina e com o Curso de modo geral. “Foi uma semana realmente intensa, repleta de conteúdos que vou levar para a vida, dicas que poderei colocar em prática desde já. E, com certeza, me sinto ainda mais motivada, acho muito importante esses eventos promovidos para aprimoramento de conhecimento”. A aluna ainda menciona seu entusiasmo de continuar na trajetória, impulsionada pela fala de Artur Lira.
O primeiro módulo do Curso trouxe uma programação aberta à comunidade acadêmica. Mas, seguirá proporcionando outros momentos de formação em um segundo módulo voltado para edição (áudio, vídeo, fotos, animações) no laboratório equipado com softwares e computadores. Devido à capacidade, o módulo será direcionado aos alunos do Projeto e outras vagas poderão ser abertas para alunos não integrantes do Repórter Junino.