Talvez muitos não conheçam o senhor Severino Xavier de Souza, mas todos sabem quem é “Biliu de Campina”: o compositor, cantor, advogado… Sim, advogado! E foi através de um trabalho de pesquisa realizado por professores e alunos do ensino fundamental e médio que muito se aprendeu sobre este artista da terra. Fatos relacionados a sua vida, carreira e até algumas histórias então desconhecidas por muitos, foram compartilhadas na homenagem prestada pela Escola Nenzinha Cunha Lima, na manhã deste sábado, 14. Outra personalidade que também recebeu o reconhecimento da instituição foi a entusiasta cultural Lenira Rita, coordenadora do Arraial da Felicidade, fundado em 1974. A cerimônia contou com a presença de pais, professores, alunos e admiradores.
Canções, poemas, danças e vídeos foram utilizados pelos alunos para expressar gratidão a quem tão bem representa a cultura de raiz e luta pela sua preservação. Com o auxilio de professores na matéria de Macrocampo, os discentes se debruçaram na busca de informações sobre Biliu e Dona Lenira Rita e o resultado foi um belo trabalho.
Sempre bem humorado ao levar a vida em versos e rimas, Biliu contou casos de sua vida e arrancou boas risadas do público. Amado por sua irreverência, amigos e admiradores gravaram depoimentos em vídeo contando histórias do passado e um pouco de suas vivência.
O público cantou junto ao artista as principais canções de sua carreira. Apaixonado por Campina Grande, o cantor revelou que a cidade sempre será sua fonte de inspiração e que não gosta de definir sua música, pois ela sempre será atualizada.
A ativista cultural Lenira Rita, também, foi honrada pela escola. Com 82 anos de vida, mãe de 7 filhos biológicos e inúmeros de coração, o trabalho desenvolvido por ela há mais de 50 anos a frente de quadrilhas e pastoris com crianças faz dela um símbolo de amor a cultura nordestina. Dentre tantos motivos para se alegrar, ela destaca os 40 anos do Arraial da Felicidade, quadrilha que viu nascer através da empolgação de seu filho, quando era apenas um menino de 10 anos.
Dona Lenira é só motivação e garante que tem muito fôlego para prosseguir desenvolvendo o trabalho, preservando o folclore e valorizando a essência da quadrilha junina.
Segundo Rita de Cássia Martins, Diretora da escola, o desenvolvimento de projetos como este é de grande importância pois envolve o alunado no reconhecimento das tradições da cultura nordestina além da recepção por parte deles ocorrer de forma satisfatória. Já a professora de Filosofia, Kalligiana Farias, essa integração interdisciplinar na realização de trabalhos artísticos com o aluno possibilita a descoberta de novos saberes e talentos.