A tradicional fogueira pode estar com os dias contados

Campina Grande, 24 de junho de 2011

As fogueiras são utilizadas com diversos objetivos, tais como promover aquecimento, cozer alimentos, manter animais selvagens afastados, práticas de rituais religiosos, ritos pagãos, festas e divertimento. Já foi utilizada como método de aplicação de pena de morte. Na Idade Média, pessoas acusadas de bruxaria eram queimados pela Igreja Católica em uma enorme fogueira para libertá-las da maldição.

No Brasil, é muito comum acender fogueiras durante as comemorações da festas juninas, sobretudo na noite de São João. Segundo a tradição católica, a fogueira tem sua origem em um trato feito pelas primas Isabel (mãe de São João Batista) e Maria (mãe de Jesus Cristo). Isabel teria mandado acender uma fogueira no topo de um monte para avisar sua prima Maria que seu filho havia nascido.

Em Portugal, também, é comum acender fogueiras nas noites de véspera dos santos populares, onde os jovens saltam a fogueira como manda a tradição. Lá a ordem é saltar a fogueira, em número ímpar de saltos, e no mínimo três vezes, para ficar protegido de todos os males durante todo ano.

Para a estudante Mayara Zacarias e sua família, fazer as fogueiras no período junino vai além da tradição religiosa. “Nos juntamos perto da fogueira, comemos, brincamos e recordamos momentos de nossas vidas, esses momentos não tem preço”, declara a estudante.

Mas as fogueiras ferem os princípios ambientais quando são feitas com madeira extraída de reservas de Mata Atlântica ou ilegalmente.  A Lei Municipal Complementar 042/09, Artigo 100, proibe fogueiras feitas sobre asfaltos e distantes 200 metros de qualquer estabelecimento, público ou privado,  na zona urbana de Campina Grande. Com o intuito de preservar o meio ambiente, as fiscalizações acontecem nos dias principais como 12 e 13, passados, 23, 24, 27 e 28.

Edição: Lidiane Neves

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