As fogueiras são utilizadas com diversos objetivos, tais como promover aquecimento, cozer alimentos, manter animais selvagens afastados, práticas de rituais religiosos, ritos pagãos, festas e divertimento. Já foi utilizada como método de aplicação de pena de morte. Na Idade Média, pessoas acusadas de bruxaria eram queimados pela Igreja Católica em uma enorme fogueira para libertá-las da maldição.
No Brasil, é muito comum acender fogueiras durante as comemorações da festas juninas, sobretudo na noite de São João. Segundo a tradição católica, a fogueira tem sua origem em um trato feito pelas primas Isabel (mãe de São João Batista) e Maria (mãe de Jesus Cristo). Isabel teria mandado acender uma fogueira no topo de um monte para avisar sua prima Maria que seu filho havia nascido.
Em Portugal, também, é comum acender fogueiras nas noites de véspera dos santos populares, onde os jovens saltam a fogueira como manda a tradição. Lá a ordem é saltar a fogueira, em número ímpar de saltos, e no mínimo três vezes, para ficar protegido de todos os males durante todo ano.
Para a estudante Mayara Zacarias e sua família, fazer as fogueiras no período junino vai além da tradição religiosa. “Nos juntamos perto da fogueira, comemos, brincamos e recordamos momentos de nossas vidas, esses momentos não tem preço”, declara a estudante.
Mas as fogueiras ferem os princípios ambientais quando são feitas com madeira extraída de reservas de Mata Atlântica ou ilegalmente. A Lei Municipal Complementar 042/09, Artigo 100, proibe fogueiras feitas sobre asfaltos e distantes 200 metros de qualquer estabelecimento, público ou privado, na zona urbana de Campina Grande. Com o intuito de preservar o meio ambiente, as fiscalizações acontecem nos dias principais como 12 e 13, passados, 23, 24, 27 e 28.
Edição: Lidiane Neves