A edição deste ano do Maior São João do Mundo vem apresentando um saldo negativo para alguns comerciantes de bares e restaurantes localizados no Parque do Povo. Os estabelecimentos, que variam de sofisticados restaurantes até barracas de churrasco e caipiroscas, têm neste ano um dos piores rendimentos da história do evento, segundo os proprietários.
A queda vem sendo bastante significativa no faturamento dos estabelecimentos nestes primeiros vinte dias de festa, em comparação com o mesmo período nos anos anteriores. A crise é explicada por vários motivos, entre eles a localização das barracas, limitação de patrocínio e a Copa do Mundo, que está atraindo muitos visitantes para as cidades que estão sediando os jogos do mundial.
“Do ano passado pra esse, [o faturamento] caiu 60%; de 12 anos esse está sendo o pior”, diz Valdemir José da Silva que há 13 anos comercializa no Maior São João do Mundo.
O prejuízo é imediato, pois muitos chegam a pagar até R$ 900,00 de aluguel das barracas e não conseguem tirar o lucro do trabalho durante o mês de festividades.
A comerciante Katiussia Soares trabalha no Parque do povo há 15 anos e afirma: “até agora teve uma diminuição de cerca de 50% do fluxo de movimento, situação que diminuiu consideravelmente o faturamento”. Os proprietários de restaurantes de maior porte também não escaparam da crise e relatam queda de cerca de 30% no movimento.
Para os próximos anos, a organização geral da festa deve ser repensada, visando estratégias econômicas e estruturais para melhores condições de trabalho dos comerciantes.