Família Calixto participa do programa Terra Forrozeira, da UEPB

Campina Grande, 28 de junho de 2014  ·  Escrito por Jonatan Magno  ·  Editado por Anthony Souza  ·  Fotos de Jonatan Magno

O programa Terra Forrozeira produzido pela web tv e web rádio da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), nesta quinta-feira (27), contou  com a participação da família Calixto, conhecida internacionalmente pela tradição de tocar o fole de oito baixos. O bate-papo aconteceu por volta das 11h00 no Museu de Arte Popular da Paraíba. Intitulada como “Calixtando”, essa edição do programa contou com a participação dos irmãos João e Luiz Calixto.

 

Programa prestigia o talento da família Calixto. Foto: Jonatan Magno

Programa prestigia o talento da família Calixto. Foto: Jonatan Magno

O fole de oito baixos é considerado um dos instrumentos mais difíceis de se tocar no mundo inteiro, usado em diversos países como Espanha, Portugal, Itália e Rússia, é na Paraíba onde se encontra o maior celeiro de instrumentistas dedicados ao fole. Com nomes que passam por Dominguinhos, Sivuca e o “Rei do Baião” Luiz Gonzaga, o instrumento tem sua marca cravada em território nordestino, na família de Luizinho Calixto, como é normalmente conhecido, é uma tradição que passa de pai pra filho.

Instrumentista e artista plástico, Luizinho hoje é professor e ensina os interessados em aprender a tocar o difícil instrumento. “Foi uma prazer receber o convite da UEPB para ensinar a tocar o fole, é uma satisfação muito grande pra mim fazer essa história continuar em frente”, pontuou. Ele comenta já ter viajado o país inteiro com o seu instrumento, tocando e ensinando por onde passa, na África, onde o fole é conhecido como gaita, ele diz que as pessoas ficaram encantadas com a diferença da afinação entre as melodias. “Esse instrumento permite várias afinações, no Rio Grande do Sul se usa uma, na Europa se usa outra, por onde eu passo o pessoal pergunta sobre essa afinação que usamos aqui no Nordeste, ela é sem dúvidas a mais difícil de ser tocada no mundo todo”, explicou o professor.

Bem descontraído e regado a muita música, o bate-papo atraiu a atenção dos visitantes do museu, que paravam para assistir ao programa ao vivo. A edição na integra deve estar disponível nos próximos dias no site da UEPB.

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