O São João de Campina Grande ainda nem começou, mas a cidade já começa a se preparar para os trinta dias de festa que estão por vir. Nesta época, em que o município se veste com o clima junino, várias atividades tem suas potencialidades maximizadas. A produção e o comércio de comidas típicas não ficam atrás, e já se organizam para o aumento da produção.
Pamonha, canjica, milho assado e cozido, são as iguarias mais procuradas durante o período do São João. Jean Pierre Queiroz, 25, é proprietário de uma “fábrica” de pamonha e canjica, localizada no bairro do Rocha Cavalcante, e conta que o aumento na procura do produto é considerável. “Produzimos durante todo o ano, mas no mês do São João temos um número de encomendas muito além do que estamos habituados”, diz.
Jean diz que, mesmo com o alto preço da “mão de milho” (medida de cinquenta espigas do alimento), o negócio ainda é rentável. “Está muito caro, mas não podemos deixar de produzir. Mesmo assim, ainda dá pra tirar um bom lucro”, diz o empresário. Atualmente, a mão de milho está custando, em média, R$ 25,00, o mesmo preço que custava no mês de junho no ano passado. Levando em consideração que ainda não estamos no mês das festas, o preço ainda vai subir. A previsão é que chegue na base dos R$ 33,00, podendo até ficar ainda mais caro na véspera de São João.
O motivo do alto custo na compra do milho, matéria prima das comidas típicas, é a escassez de chuvas na região próxima à Campina Grande, o que faz com que os produtores importem o milho de cidades mais distantes e até outros estados, como Ceará e Pernambuco.
Mesmo com o problema do alto preço, a expectativa é que este ano o comércio de comídas típicas cresça. “Estamos confiantes que esse ano será melhor que ano passado. Para você ter uma idéia, no ano passado tivemos até que contratar pessoal, e mesmo assim não demos conta de tantas encomendas. Para esse ano investiremos nessa área. É no mês de junho que garantimos nosso décimo terceiro salário”, conclui Jean Pierre.
Edição: Lourival Salviano