O reconhecimento internacional do São João de Campina Grande é um atrativo para os artistas de rua. Muitos deles aproveitam essa época do ano para propagar seus trabalhos, que são feitos simplesmente por amor à arte ou em troca de alguma remuneração.
Passeando pelo parque do povo é possível encontrar vários desses personagens, como por exemplo, o senhor Francisco de Assis, natural da cidade de São Sebastião de Lagoa de Roça, que a mais de 10 anos incorpora o personagem de Lampião. A escolha pelo rei do cangaço, segundo seu idealizador, é divulgar a cultura nordestina, visto que o mesmo não recebe nenhum tipo de contribuição por sua performance junto ao público.
Outro artista bem conhecido das noites do Parque do Povo, é o pernambucano George Lira junto com sua boneca Carolina e seu fiel assistente “salário mínimo”. Apesar de ser o segundo ano de atuação do artista na cidade, a aceitação do público é notável. Várias pessoas se reúnem para assistir sua performance e alguns contribuem com seu trabalho. Há espaço também para as estátuas vivas, que são alvos constantes de fotografias e atraem muito atenção, principalmente das crianças.
Ícone da cultura popular paraibana, José Pedro Fernandes, de 70 anos, mais conhecido por Baixinho do Pandeiro, é figura cativa no Maior São João do Mundo. Acompanhando ao ritmo do pandeiro os artistas Flávio José, Ton Oliveira e Biliu de Campina, o Baixinho contribui com a cultura popular nordestina há mais de 35 anos. Natural de Remígio, ele é um autodidata no instrumento, suas influencias são Jackson e Baú do Pandeiro e seu prazer é disseminar a cultura por onde passa. O artista é referência no coco, samba, embolada e outros ritmos. “A maior felicidade é quando eu toco com muita energia e o público retribui todo carinho e reconhecimento. Pra mim, é um prazer trocar ao lado de grandes artistas.” Concluiu o artista.