A limpeza do Parque do Povo, durante o Maior São João do mundo, não é uma missão tão fácil. São 42.500m² de extensão, onde barraqueiros e forrozeiros produzem, por noite, um caminhão de lixo. Para dar conta do recado, a Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente (SESUMA) conta com 157 pessoas.
Para recolher o lixo, a prefeitura cede um carro coletor para retirada dos resíduos. A Prefeitura Municipal de Campina Grande (PMCG), além de fazer a limpeza do Parque do Povo, oferece oportunidades de emprego e geração de renda. Narcia Jorge, 55 anos, divorciada, foi contratada apenas no período da festa. “Estou adorando. Estou gostando muito desse São João”, destacou a prestadora de serviços com um largo sorriso no rosto.
O coordenador da equipe de limpeza, Washington Luis Claudir da Silva, destaca que “é um trabalho de muito esforço dos coordenadores e dos auxiliares de limpeza, que dão o ‘sangue’, todos os dias, para manter o local sempre limpo, para que satisfaçam todos que prestigiam esta grande festa”.
Durante estes 11 dias de festa, os forrozeiros tem percebido os ambientes sempre limpos. Para Manuela Motta, 38 anos, de Campina Grande, o serviço do pessoal da limpeza “é tão importante quanto os dos barraqueiros, do pessoal da cenografia e das atrações que fazem esse espetáculo”. Ela ainda alerta para a falta de consciência das pessoas. Segundo ela, “até mesmo a população não colabora, joga lixo no chão”.
Mas nem tudo é só limpeza
Muitas vezes esses profissionais são discriminados por algumas pessoas. Alexandro da Costa, 42 anos, que é pedreiro e trabalha nesse período festivo, para ganhar uma renda extra (cerca de R$ 680,00), fala do preconceito de alguns. “Tem pessoas que respeitam e outras que não; nos agridem com palavras que nos deixam tristes”, lamentou o servidor com tristeza no olhar.
É uma falta de limpeza educativa no Maior São João do Mundo.