Muito mais do que retalhos históricos que nos conduz em uma viagem ao túnel do tempo, Campina Grande revela que a essência da maior festa junina do mundo pode ser revivida de forma íntima ao longo dos seus trinta e um anos e, para isso, o Memorial do Maior São João do Mundo vem cumprindo o seu papel desde 2004.
O memorial surgiu por casualidade, através de fotos antigas dos festejos que faziam parte da decoração de uma das barracas do São João. A partir disso, os campinenses que visitavam o Parque do Povo passaram a presentar a idealizadora do projeto Cléa Cordeiro com jornais, cartazes e outras fotografias que contavam o início desse percurso.
A priori, o acervo ficava em exposição no Salão de Artesanato e no Shopping Boulevard. No entanto, no ano de 2010 foi visto a necessidade que esse material estivesse aberto ao público, em um local calmo e que as pessoas pudessem questionar, analisar e rememorar as quadrilhas, paqueras, músicas e contos que só o período de Junho pode confessar.
As cores vibrantes do Memorial do Maior São João do Mundo carregam consigo lembranças que abrilhantam as fotos preto e branco dos retratos. Um exemplo disso são os jovens que se casaram após dançarem juntos nas quadrilhas, ou então, os amigos que se encontravam no famoso garrafão. Lembranças que contagiam até mesmo quem não é natural de Campina Grande.
Segundo Cléa, o memorial é um espaço que permite que os visitantes façam um “turismo experimental” vestindo-se de roupas típicas e adornos autenticamente juninos. Além da exposição com imagens da construção do Parque do Povo e cartazes de divulgação do evento, também faz parte uma área destinada as devoções cristãs aos santos do mês de Junho. O ambiente tem ainda como objetivo gerar um debate entre os produtores culturais sobre o verdadeiro forró que é deixado de lado, o que permite uma morte lenta e gradual da cultura junina como ela é em suas origens.
O ambiente funciona das 16hs às 22hs e fica localizado na Rua Tiradentes, 165