O Maior São João do Mundo agrega uma diversidade de povos reunidos em uma festa celebrando o festejo tradicional em Campina Grande, e com o turismo que acontece na cidade, alguns artistas de rua aproveitam o momento para trabalhar expondo o que de melhor sabem fazer.
João Batista, que trabalha há 23 anos sendo estatua humana, chama atenção por se fantasiar de cangaceiro prateado, ficando paralisado até o momento que recebe alguma quantia que é depositada. Dado a oferta, ele faz movimentos que divertem o público. “Eu me orgulho do que faço, no início fiquei com vergonha, tive dificuldade na aceitação dos meus próprios familiares, mas ao longo dos anos me acostumei e hoje faço com alegria” relatou seu João. A sua concentração em ficar serio é o que mais chama atenção. Infelizmente por um momento um rapaz desconhecido soltou uma bomba próxima a seu João Batista que teve que manter a sua concentração para não se acidentar além de assustar quem estava próximo admirando. “A maior dificuldade é essa, não ser reconhecido e ter que aturar algumas brincadeiras de mau gosto”, falou com tristeza. O impressionismo também está inserido na festa pelo Mágico Sobral que faz demonstrações de alguns truques com cartas, argolas, dados e atraem as pessoas com seus movimentos ágeis. Vivendo disso há 25 anos, ele participa de todas as edições do Maior São João do Mundo. “Mesmo morando e trabalhando todos os dias em João Pessoa com a mágica, o lucro que tenho em minhas apresentações não se compara quando venho ao São João de Campina”, afirmou. Os kits vendidos custam de R$ 10,00 a 20,00 deixando acessível à todas classes sociais.Como se sabe, pessoas de todas as regiões do Brasil vem prestigiar a festa, porém alguns não vêm a passeio, mas usam a época para expor seus trabalhos e lucrar com eles. O exemplo disto é o Peruano Rick Macedo, que estava em São Paulo, soube do São João de Campina Grande e não perdeu tempo, montou uma pequena galeria no meio na cidade cenográfica no Parque do Povo, um ponto estratégico para atrair tanto turistas como campinenses, que ficam admirados com a prática que ele possui ao realizar a obra desenhada a mão em apenas 10 minutos. “Eu sempre admirei a arte, então fiz cursos de artes plásticas para melhorar minha técnica e há três anos venho trabalhando com isso. Hoje tenho um reconhecimento bem considerável de minhas artes”, afirmou Rick.