Os visitantes que estiveram presentes no penúltimo dia de exposição do 22º Salão da Paraíba (29) foram surpreendidos por uma forma diferente de arte interativa. O grupo natural de Alagoa Grande “Frente Trovadora” juntamente com o cantor e ator Thiago Rodrigues inseriram no contexto junino uma história conhecida no mundo inteiro, dando vida ao personagem Dom Quixote, do autor Miguel de Cervantes, que com certa idade, entrega-se à leitura dos romances de cavalaria, o Dom Quixote acredita que as histórias tenham sido verdadeiras, perde o juízo e decide tornar-se um cavaleiro andante.
A figura do personagem saiu entre os corredores declamando poemas, atraindo olhares e cliques de quem não queria perder nenhum instante de sua apresentação. “Eu fiquei encantada com o personagem. Parecia real, até porque eu nunca tinha visto uma coisa daquela. Achei fantástico e diferente, algo em meio ao artesanato para impressionar”, relatou a jovem Joyce Hellen que deixou pra visitar o Salão de Artesanato já no fim, mas não impediu de ter boas recordações do cenário marcante pelas artes manuais, visuais e cênicas.
Ainda encantada, relatou a sua impressão do lugar e indica a quem ainda não teve oportunidade, “o lugar é lindo, não tem como não gostar. Por mais que você já conheça algumas coisas acaba encantado por tudo que vê. Eu acho que não tem o que falar mal de lá. Aproveitem o último dia para dar uma olhada, vale muito a pena”.
Em seguida o espetáculo de artes cênicas continuou na praça de alimentação com a “Frente Trovadora”. Diretamente da idade média para o São João de Campina Grande. A cultura trovadora foi trazida pelos músicos que tocaram cantigas tradicionais do estilo, cantando também poemas de autores famosos como Vinícius de Morais, além de músicas de Luiz Gonzaga. O grupo recebeu a aprovação do público amante da cultura popular nordestina. Os visitantes cantaram, aplaudiram e como de costume dançaram um forrozinho.
A intenção de inserir um movimento literário poético diferente do regional na época junina, é mostrar que não existe um estilo antigo demais ao ponto de ser esquecido ou que não é mais válido para o conhecimento cultural, assim como os artefatos manuais fazem parte da construção histórica do nordeste, a música também está inserida na história da formação cultural que reflete até os dias atuais.