Comércio pouco convencional e que não passa despercebido em ruas do Parque do Povo é a venda de chapeus, artigo muito procurado e comprado no Maior São João do Mundo, embora este ano as vendas ainda não estejam dentro do esperado. “Este ano ainda não está tão bom como foi no ano passado, mas vai melhorar, faltam ainda chegar mais turistas”, desabafa Vanildo Soares da Costa, 66 anos, que vende chapeus durante todas as noites de festa.
Vanildo vende seus produtos também na feira livre do bairro do Ligeiro, e nas feiras das cidades de Solânea, Remígio e Sumé, onde obtem seus melhores lucros: “Em Sumé eu vendo muito, é meu melhor ponto de feira, mas aqui no Parque do Povo também tiro um bom sustento, já que a venda desses artigos é minha única renda”, disse.
Os chapeus e bonés vendidos são trazidos da cidade de Caicó-RN, mas as botas são produzidas em Campina Grande-PB, e dessa forma ele ganha a vida, vendendo artigos, ou melhor, vendendo estilo, como ele mesmo fala: “As botas são mais para o homem do campo mesmo, mas os bonés e chapeus são muito bonitos, as pessoas gostam muito, ficam estilosas, na moda”, brinca.
No Parque do Povo, os chapeus custam 20 reais, mas como ele mesmo diz, os clientes sempre procuram comprar por um preço mais barato: “Olha, eu faço a preço de 18 reais, no máximo 15, mas já teve ‘pirangueiro’ que pediu 10 reais em um chapeu, ai não dá né? Eu vou ganhar quanto na venda, sou bom de negócio, mas não tanto”, diz, fazendo sua própria propaganda.
Ele conta que todos seus chapeus são de qualidade e que tem para todos os públicos e gostos: “Tem pra homem, pra mulher, pra novo, velho, até feio fica bonito quando eu faço a cabeça deles com um belo chapeu”, afirma.
Edição: Carmem Nascimento
Imagens: Walter Miro