Após exposição de oficinas, o FOLKCOM realizou no final da tarde desta quarta-feira (9), mais uma mesa redonda, encerrando a programação do primeiro dia do evento. A mesa redonda mediada por Alana Fernandes (TMSC/PMCG) foi composta por Célio Torres Fontes (CONFREBRAQ) Elizabeth Cristina de Andrade Lima (UFCG), Gilson Andrade Lira (SEDE/PMCG), Gisele Sampaio e Araújo (PMCG/UEPB/FACISA/FIP) e Zuila Silva Nóbrega (UFPB). Dom Jaime Vieira Rocha (DIOCESE/CG) não se fez presente.
Na ocasião, o tema mais discutido foi a preservação e valorização das quadrilhas juninas, sejam elas, tradicionais (matutas) ou estilizadas. Célio Torres Fontes destacou a iniciativa do projeto CONFEBRAQ, que tem a finalidade de investir e promover as Quadrilhas Juninas de todo o Brasil. “Este projeto tem parcerias com quadrilhas do Amazonas, Acre, Pará, Roraima, Tocantins, Ceará, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais”, afirmou Fontes.
Elizabeth Cristina ressaltou a importância de elementos fundamentais para a cultura de nossa cidade e lamentou o fato de que nossa esteja sendo esquecida. “Nossa cultura só é cultivada durante o São João, e mesmo assim, de forma parcial. Durante o resto do ano tudo fica ofuscado, as rádios não tocam o tradicional forró. As casas de shows de nossa cidade não promovem eventos com apresentação de Trios de Forró, os restaurantes não avivam a culinária nordestina. Além do fato de que depois do São João, a ociosidade toma conta do Parque do Povo” disse Elizabeth .
Alem disso, a pesquisadora destacou a importância da nossa cultura tendo em vista o turismo. “Toda essa ecletismo decepciona o turista que vem à Campina Grande em busca do famoso Maior São João do Mundo, e ao chegar aqui encontra algo totalmente diferente. O Turista quer chegar em Campina e dançar o autentico Forró pé de Serra, comer pamonhas, canjica milho assado e tomar da nossa cachaça.” concluiu.
A programação do FOLKCOM continuará nesta sexta-feira (10) com mais debates e mesas redondas a partir das 8h30 no Teatro Rosil Cavalcante.
Editado por Ana Sousa
