O mês de junho é para o lojistas da cidade de Campina Grande um segundo Natal. E diferente das festas de final de ano, o dinheiro que circula na cidade não é advindo do 13° salário e sim do turismo que aumenta em números consideravéis durante os festejos juninos. Segundo o secretário do Desenvolvimento Econômico da cidade, Gilson Lira, no período são gerados 10 mil empregos diretos e indiretos.

Pensando em atrair a clientela, lojistas investem em decorações, descontos e, claro, muito arrastapé. Nesta época do ano, os donos de lojas contratam trios, que tocam, durante mês, o autêntico forró pé de serra. Para Rildo Teixeira, propietário da loja Rildo Calçados, “essa ideia é uma forma de ressaltar ao turista a cultura da terra e de também convidar os clientes para conhecer o lugar”.

A loja, que fica localizada à rua Irineu Joffily, próximo ao antigo Cine Capitólio, contratou o Trio Andorinha para tocar diariamente em horário comercial. Idalina Morato, cliente, afirma que essa iniciativa é bem vinda, “nós clientes gostamos porque dá um clima mais descontraído para a loja”, opina.

Outros estabelecimentos também investem neste tipo de entretenimento. O shopping Cirne Center, assim como a loja Insinuante da rua Venâncio Neiva, ao lado do Edifício Rique, também contam com essa atração. Para a estudante Thaislene, de 21 anos, esse tipo de atração é o diferencial para a escolha de onde realizar as compras. “O trio de forró foi o diferencial que me chamou a atenção para comprar na loja”, afirma.

Durante todo o período junino, além de Campina Grande, outras cidades do estado, a exemplo de Esperança, localizada no brejo paraibano e reconhecida pelo forte desempenho comercial na região, se mobiliza para ganhar a freguesia investindo em decorações e grupos de música. Iniciativas como essas são muito bem vindas pela população, servindo como geradoras de desenvolvimento comercial e de divulgação da cultura nordestina.

Editado por Lidiane Neves