Milho é fonte de renda o ano todo

Campina Grande, 29 de maio de 2012

“O Maior São João do Mundo”. Essa expressão logo lembra festa, comida, música, turismo e muita animação na cidade. É que durante 30 dias, Campina Grande sedia a maior festa Junina do mundo.

Foi-se o tempo em que as fogueiras de São João eram as únicas responsáveis por aquecer a cidade no mês de Junho. Durante este período a economia de Campina Grande é potencializada em números de grande escala.

Mas se por um lado grandes redes de hotelaria, bares e restaurantes aumentam seu capital em números sublimes, ali bem próximo, nos arredores de onde a festa acontece de verdade, alguém trabalha o ano todo com a comida mais típica do São João, como meio de sobrevivência.

Dona Josefa tem 55 anos, e há 23 vende milho no mesmo ponto. O local fica no bairro do São José em frente à praça do trabalho. Zefinha do Milho, como é chamada por clientes, ajuda a complementar o salário do marido que sustenta a família . Todas as tardes, de segunda à sexta, por volta das 16 horas , ela sai a pé de sua casa , no bairro da liberdade com o seu carrinho de milho. Chega ao seu ponto de trabalho, e logo instala seu fogão improvisado que funciona à brasa.

“Os clientes são os de sempre.” diz sorrindo. Pode parecer que no mês de São João, a comerciante lucre um pouco mais com as vendas, mas ela conta que não. “É o meu meio de sobrevivência, mas durante o São João a venda continua a mesma coisa. Porque eu não desço para o parque do povo. Meu ponto é este, e meus clientes já me conhecem.” confessa Josefa.

Dona Josefa que trabalha com humildade e perseverança para adquirir seu “ganha-pão” sabe que contribui para tornar a festa ainda mais bonita. Pois é pelo seu esforço que o milho continua a ser alimento fora dos festejos juninos. Os clientes não tem idade nem razão social, às vezes param em carros, outras vezes vem a pé mesmo. Mas cada centavo conta a história da força do povo nordestino, a história da beleza do São João.

Reportagem: Renata Fabrício
Foto: Renata Fabrício
Edição : Lidianne Costa

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