Roda de Maracatu abrilhanta noite no Maior São João do Mundo

Campina Grande, 5 de julho de 2014  ·  Escrito por Érika Souza  ·  Editado por Anthony Souza  ·  Fotos de Érika Souza

Na noite dessa sexta- feira (04), ouviu-se um som diferente nas proximidades da réplica da igreja Catedral, no Parque do Povo (PP), o som era do Maracatu. Isso mesmo, pela primeira vez este ano um grupo de músicos e percussionistas se uniram e fizeram um “Arraial de Maracatu” para comemorar a vitória do Brasil por 2 a 1 sobre a Colômbia. A proposta deles foi a diversão, aproveitando o ensejo do maior São João do Mundo. Um amigo foi entrando em contato com o outro, marcaram o horário e trouxeram os instrumentos. Foi uma noite de diversão através da música.

O maracatu surgiu no período escravocrata, é uma arte secular que se mistura com a história do Brasil, manifestando a cultura popular brasileira afrodescendente. “O que nós fazemos aqui em Campina são batuques, nós não temos Nações de Maracatu, diferente de outros lugares”, diz Virgínia Passos. No estado da Paraíba, existem nações que estão ligadas à questão religiosa. Já este grupo traz o batuque como visão artística, utilizando a percussão como ferramenta. O PP sempre foi palco para reunião de amigos que se uniam para batucar, daí surgiram grupos de Coco, Percussão, Maracatu. “O Parque do Povo abre espaço para diversos gêneros musicais, aqui não tem apenas forró”, comenta o estudante Fabrício Costa (19).

Curiosos foram se juntando ao grupo de Maracatu

Curiosos foram se juntando ao grupo de Maracatu

Aos poucos as pessoas foram se aproximando da roda e se rendendo ao ritmo do batuque. A roda estava feita, pessoas dançavam e cantavam embaladas pelo som. Uma dessas pessoas foi o turista Daniel Barreto, ele mora na cidade de Brasília e veio visitar sua família e aproveitar esses últimos dias do São João de Campina. Daniel não pensou duas vezes, ao passar pela roda, e começou a tocar um tambor ícone do ritmo brasileiro maracatu: o Alfaia. Para o brasiliense, a mensagem que o maracatu passa é sentir-se bem com sigo mesmo e passar isso para o próximo, é a liberdade de expressão.

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