Espaços alternativos e diferenciados embalam os festejos juninos

Campina Grande, 12 de junho de 2015  ·  Escrito por Leandro Pedrosa de Andrade  ·  Editado por Yasmim Gladys  ·  Fotos de Bruna Hellen
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Espaço “Caldinho que levanta”

O São João do Parque do Povo ao longo dos anos, vem mostrando como o ambiente junino tem sido ampliado através da diversificação de espaços, conquistando  assim, marcas singulares nos festejos. Ambientes  diferenciados daquilo que estamos habituados a ver neste período do ano, transformam-se em atrações, voltadas para um público que sabe encontrar características além das tradicionais juninas.

 Com uma estética peculiar, os cardápios destes estabelecimentos são uma atração a parte, onde a culinária tradicional  de época, se mistura com novos ingredientes de outros estados e até de outros países. Além de mostrar um repertório com músicas de diferentes estilos. Para os comerciantes preocupação de se destacar é tamanha que seus espaços são pensados e construídos em torno de questões mais profundas, como as de contextos de sociabilização.

O Caldinho que levanta, situado no Arraiá Hilton Mota, tem toda sua estrutura constituída por elementos auto sustentáveis. Com dez anos  de experiência no Parque do Povo o proprietário do estabelecimento Josinaldo Ramos, afirmou  que seu trabalho está intimamente envolvido com  a socialização de dependentes químicos, que juntos ao dono do bar produzem cadeiras e mesas, feitas a partir de ripas deixadas pelos cantos do Parque do Povo pós festejos. Além do aproveitamento da madeira outros materiais também são reciclados, as panelas que servem os caldinhos, feitas com latinhas de metal, as garrafas de cerveja são reutilizadas para a cachaça regional  e a água do gelo derretido no final da festa é aproveitado para lavar a louça. Segundo Josinaldo o público que frequenta o ambiente são de diferentes faixa etária. Os caldinhos típicos custam em média R$  5,00, já a cachaça custa R$ 6,00 a pequena e R$ 12,00 a grande.

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Comida chinesa sendo preparada

O Arraiá Hilton Mota é conhecido pelo  seu cosmopolitismo e o que não faltam são estabelecimentos que atende todos os gostos e culturas, o Daikôn culinária japonesa e chinesa, que há três anos tem um ponto no Parque do Povo, proporciona uma comida “mais saudável”, segundo Edson Mendes “Os clientes já conhecem a culinária oriental e procuram algo diferente, uma comida mais fresca”, afirma. Além dos brasileiros que gostam desse tipo de comida o ponto tem sido frequentado por estrangeiros orientais. O sushi é comprado no quilo e custa respectivamente R$ 66,90, existe também a opção do Yaksoba custando R$ 13,00 e dos Temakis que variam entre R$12,90 e R$ 15,90.

Entre todas essas diversidades de cardápio, encontramos também o  ponto do Acarajé da Lindalva Soares, que há dez anos monta seu quiosque no Maior São João do Mundo. Para ela a clientela é boa e começa a ferver principalmente nos dias 23 e 24. Existe uma boa procura do público estrangeiro, mas ela ainda acha que a preferência deles é por comidas típicas. “A preferência é tapioca e outras comidas”, afirma a dona do estabelecimento. O acarajé custa R$ 8,00 e é mais uma opção de culinária para quem prefere algo diferente além da comida tradicional dos festejos juninos.

No Maior São João do Mundo podemos encontrar também espaços que marcam um pouco mais os traços de ambiente alternativo dentro da festa. Localizado perto do palco principal  o Bar Tenebra, carrega sua marca de alternatividade dentro do São João de Campina, neste ano com uma nova localização, o espaço investiu em uma decoração regional com obras de Sebastião Donado e Flavio Candido, artistas locais, carrancas e pequenas estatuas, com isso o  bar carrega uma identidade resultante do sincretismo. Lá também podemos encontrar uma culinária típica, caldos de marisco, sururu e camarão, além da “cachaça misteriosa do encantado”, bebida na qual se destaca nas vendas e o dono faz questão de cita-la com orgulho. Os petiscos variam de R$ 5,00 a R$ 30,00 e  a cachaça custa em média R$ 5,00.

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Decoração do Bar do Tenebra

A música eletrônica também é um diferencial entre os estabelecimentos, o Baianu’s Pointt – bar e restaurante,  é conduzido pelo Alessandro Braga, o Baiano, e há 5 anos  faz sucesso nos festejos. O point  tem uma fácil localização já que se trata de um ponto fixo no próximo ao Parque do Povo. O diferencial deste ambiente é a boate aberta no período junino, onde muitos jovens se encontram ao som da música eletrônica. O cardápio dispõe de bolinhos de bacalhau, camarão empanado, comidas típicas e coxinhas, além de uma  variedade de drinks.

 Diversidade de estilos e gostos não faltam no Parque do Povo, não importa de onde são, a festa pode ser aproveitada  por todos as pessoas de diferentes estilos, cor e costumes, construindo assim um ambiente rico em culturas que se une para dá vida a maior festa junina do mundo.

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INFOGRÁFICO: Conheça os tipos de comidas atípicas encontradas no PP

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