Forró e Melhor Idade: “Arraiá do Sesc” eterniza a Juventude

Campina Grande, 16 de junho de 2016  ·  Escrito por Ricardo Júnior  ·  Editado por Anthony Souza  ·  Fotos de Ricardo Júnior
Arraiá do SESC - só pra quem tem alegria e disposição

Arraiá do SESC – só pra quem tem alegria e disposição

Continuando as comemorações juninas, o terceiro dia da 8ª edição do “Arraiá do SESC” reuniu na tarde de quarta-feira (15) mais de 50 idosos na unidade do Centro, localizada nas proximidades do viaduto Elpídio de Almeida.

Decoração junina do SESC encanta a todos os visitantes

Decoração junina do SESC encanta a todos os visitantes

Mesmo sendo voltado à terceira idade, o espaço está aberto ao público, mediante a doação de 2 kg de alimento, a ser destinados ao Mesa Brasil, programa de segurança alimentar criado pelo SESC para atender mais de 100 instituições cadastradas.

“Quando a gente pensou nesse projeto, pensou-se em manter viva a tradição dos trios, das quadrilhas juninas, dos grupos folclóricos, porque ela conta a nossa história, é a nossa identidade cultural”, declarou o coordenador de cultura do SESC Campina Grande, Álvaro Fernandes, sobre o objetivo da festa. Com relação à importância do projeto para a terceira idade, acrescentou que contribui ao trabalhar a inclusão social.

Pontualmente às 14h, apresentou-se no palco do salão o trio Mateus Cordeiro e os Meninos do Forró, composto pelo sanfoneiro/vocalista Mateus, 16, Mariana no triângulo e Miguel na zabumba, ambos com 17. A escolha por resgatar o autêntico forró pé-de-serra – cujo repertório incluiu sucessos como Asa Branca, Espumas ao vento e Esperando na Janela – revela a preocupação dos jovens em valorizar a cultura nordestina e os artistas da nossa terra, como Luiz Gonzaga, Marinês e Dominguinhos.

"Quadrilhão" prova que não há idade para a dança

“Quadrilhão” prova que não há idade para a dança

Em seguida, a Companhia de Projeções Folclóricas Raízes, prestes a completar 21 anos de estrada, trouxe dez de seus vinte e cinco integrantes para uma sequência de dança de salão. Durante cerca de 20 minutos, os ritmos baião, xote, camaleão, araruna e caninha verde embalaram a alegria de quem assistia à exibição.

Finalizando sua participação, a Companhia convidou todos a dançarem a típica quadrilha junina. E mesmo depois de muito arrasta-pé pelo salão, ainda sobrou energia para o Quadrilhão da Terceira Idade, sob o som do trio Kabra Bom de Xote, responsável também pelo encerramento da programação da tarde.

Antônia Oliveira da Silva, 76, não deixou de cantar e dançar nenhuma das músicas tocadas, e fez questão de manifestar o que sentia por fazer parte do Grupo de Idosos do SESC: “Sou muito feliz em estar aqui. O SESC foi uma benção de Deus, principalmente, para os idosos; porque quando a gente vem, volta outra pessoa com as palavras que escuta, os trabalhos, os professores”.

O contagiante forró pé-de-serra não deixou ninguém parado

O contagiante forró pé-de-serra não deixou ninguém parado

Maria da Consolação Bezerra, aposentada de 65 anos, destacava-se em meio às demais pelo carisma natural e pela animação. “Tem muita gente que não vive, vegeta. Com o Grupo, a gente consegue botar tudo em ordem, a começar pela cabeça”, comentou a senhora em tom de ensinamento. Quando questionada de onde vem tanta disposição, respondeu prontamente vem delas mesma, por sempre ter gostado de festas e dança.

Até o próximo sábado (18/06) diversas atrações prometem agitar o Arraiá do SESC. Para não perder nada, a programação completa do evento podem ser conferidas aqui.

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