Rota alternativa: o comércio de quem está fora dos muros do Quartel General do Forró

Campina Grande, 4 de julho de 2019  ·  Escrito por Aluska Teberge  ·  Editado por Steffanie Alencar  ·  Fotos de Ana Cláudia

Comerciantes que possuem suas barracas fora dos muros do Parque do Povo.

O açude novo e suas imediações abrigam uma grande diversidade de lanchonetes, eventos, parques e barracas. Mas, o que a maioria dos turistas e visitantes do local não sabe, é que o local também abriga a chamada “periferia”. Devido à localização e periculosidade, assim são conhecidas as barracas montadas nas imediações do espaço, em frente aos muros do Quartel General do Forró.

De acordo com alguns barraqueiros, o ambiente acaba tornando-se marginalizado pela população e tido como um ambiente sem segurança. Com um rendimento inferior ao dos comerciantes que estão no “centro da festa”, muitos moram dentro de suas barracas durante os trintas dias do Maior São João do Mundo. No local, eles comem, dormem e até tomam banho. Tudo isto, para garantir sua renda e conseguir comercializar seus produtos e serviços.

Francilene da Silva, mantém sua barraca de tiro ao alvo há 36 anos no evento.

Com 36 anos de comércio no evento, Francilene da Silva (59), que já esteve dentro e fora desses muros, sustenta o mantimento da sua barraca de tiro ao alvo, com muita força e perseverança. “Antigamente, tinham 20 barracas de tiro ao alvo. Mas o pessoal foi desistindo, porque foi vendo as dificuldades e eu nunca desisti e nem vou desistir. Só no dia em que eu não puder mais mesmo. Mas até lá, dentro ou fora, eu estarei aqui”, expressou Francilene, com perseverança.

Apesar da fama que o local carrega, as barracas abrigam uma grande diversidade de opções de diversão e alimentação sendo oferecida pelos comerciantes, que atendem seus clientes com descontração e simpatia. Maçã do amor, uva no chocolate, sanduíche e tiro ao alvo. Estes são alguns dos atrativos que o local possui e que se estenderão até o fim da maior festa junina da região.

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