Durante o Maior São João do Mundo podemos encontrar as raízes culturais nordestinas e reviver as tradições de nossa terra, através das mais variadas formas de arte e expressão.
O cantor Raniery Gomes, que se dedica à música o ano inteiro, revela que a rotina de shows, viagens e ensaios aumenta bastante nos meses que antecedem junho. “A preparação dos festejos têm início em Abril, mas quando chega o mês de junho, com o Maior São João do Mundo, realizamos em média de 25 a 30 shows, seguindo na garra e na força de se apresentar ao público que prestigia o nosso trabalho”, diz.
Além dos ritmos juninos, um dos destaques da festa é o artesanato, uma arte regional que é passada de geração em geração fortalecendo as raízes da cultura popular, por meio dos saberes tradicionais de cada artesão. Segundo Amália Silva, artesã desde os 5 anos, o auge do artesanato é na época de São João “ é o período que se tem mais turistas, a cidade fica completamente cheia e há uma maior facilidade de vendas”, diz Amália.
Nesse período, os produtos mais procurados são as pinturas e rendas, mas os artesãos produzem uma quantidade maior de peças. O artesanato paraibano é rico em beleza e profissionalismo. Dando vida à tinta, ao couro, ou ao tecido de chita a cada ano que passa os artesãos tentam inovar mais, buscando agradar a todos e também obter lucro com sua arte.
E não podemos esquecer do cordel, oriundo de Portugal, a literatura em versos tomou conta do Brasil, especialmente do Nordeste. Através de suas composições, os cordelistas retratam seus sentimentos, humores, romances e situações do cotidiano. O paraibano Chico Diassis começou a fazer cordel há 20 anos e como os demais artistas da terra ama o que faz, “a época do cordel é no São João”, afirma o cordelista.
O forró, o artesanato e o cordel estão entrelaçados culturalmente, fazem parte da formação regional do povo e a falta desses elementos é como o forró sem a sanfona, o artesão sem a arte e o cordel sem o verso.
Edição: Roberta Lucena
Imagens: Aluska Medeiros e Roberta Lucena
