Monteiro promove 13º Festival de Cultura Popular de Zabé da Loca

Campina Grande, 22 de abril de 2024

Repórter: Sophia Oliveira
Fotografia: Sophia Oliveira e Asley Ravel
Editor: Fernando Firmino


Apresentação da Banda Avuô, iniciando a programação da noite. Foto: Sophia Oliveira.

A cidade de Monteiro, localizada no Cariri Paraibano, comemorou no final de semana, o centenário de nascimento de uma de suas maiores figuras artísticas: Zabé da Loca.  A comemoração foi através do 13º Festival de Cultura Popular, com a mistura de música, de arte, de fotografia, de exposição e de culinária, na zona urbana e no terreiro de Zabé.

Durante o Festival foram realizadas apresentações culturais dos Tambores de Nagô, de pífano, de repentistas e de emboladores, além de shows musicais com a banda Avuô, o Samba de Coco das Irmãs Lopes de Arcoverde, Marquinhos de Serrinha, Jackson Monteiro e Lucy Alves.  


Isabel Marques da Silva, a Zabé. Arquivo/Foto: Asley Ravel.

Isabel Marques da Silva, popularmente conhecida por Zabé da Loca, foi uma mulher à frente de seu tempo, desafiando as expectativas sociais e culturais de sua época. Ela ganhou destaque por sua paixão pela música e habilidade em tocar instrumentos tradicionais, o que a tornou uma figura querida e respeitada em sua comunidade e além.  Zabé nasceu em Buíque (PE) no dia 12 de janeiro de 1924, e completaria este ano 100 anos.


Palco principal do Festival, Viva Zabé. Foto: Sophia Oliveira.

O apelido, pelo qual ficou conhecida, se deu por ter passado 25 anos em uma loca de pedra, na zona rural de Monteiro. Pifeira e compositora, ela aprendeu a tocar ainda criança, mas só foi descoberta aos 79 anos pelo Projeto Dom Helder Câmara, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, em 2003. Com a saúde frágil e diagnosticada com Alzheimer há  alguns anos, Zabé faleceu de causas naturais no dia 5 de agosto de 2017, aos 93 anos, em Monteiro. Sua história é um exemplo inspirador de determinação, talento e resistência cultural. Zabé da Loca deixou um legado significativo na música nordestina e sua memória continua viva através das tradições que ela ajudou a preservar na região.


 

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