Bendito Trio – O sanfoneiro Pedro 

Campina Grande, 26 de junho de 2019  ·  Escrito por Thais Alves  ·  Editado por Inaldete Almeida  ·  Fotos de Renata Jordão

A nossa terceira e última reportagem, da série Bendito Trio, conta a história do pequeno Pedro Aquiles, 11 anos de idade, estudante de música e apaixonado pelos acordes da sanfona.

Fotos: Renata Jordão

O pequeno Pedro Aquiles Souza Oliveira tem apenas onze anos de idade e diferente de São Pedro, de teimoso, não tem nada. O seu pai, Fábio Oliveira, fala sobre a obediência e dedicação do caçula com os olhos brilhando de orgulho. Embora seja só uma criança, Pedro também não é inconstante. Em sua cabeça, tem o futuro ideal planejado: Ser sanfoneiro e “doutor”.

Desde os três anos de idade, Pedro Aquiles demonstrou interesse pela música e desenvolveu uma paixão avassaladora, pela sanfona. Ele e o pai relatam que assistiam a programas de TV sobre forró e o menino sempre pedia aos pais uma “fonfona”. Ao retornar de uma viagem, Fábio Oliveira chegou em casa com o tão almejado instrumento, para presentear o filho. Desde então, ele nunca mais parou de tocar. Aos oito anos, começou a fazer aulas para aprender propriamente a manusear o instrumento e Fábio acompanhou o filho em toda essa trajetória.

Para o professor de sanfona de Pedro, o músico instrumentista João Batista Souza Filho, o menino demonstra enorme talento e desenvoltura. Consegue, se diferenciar numa classe com cerca de setenta alunos. Ele nos conta, que foi uma alegria começar a dar aulas particulares ao menino. Esperto, Pedro tem grande percepção melódica e uma maturidade musical sem tamanho. Ao vê-lo tocando são inegáveis o avanço, aplicação e inteligência da criança. João ainda diz que Pedro encara e cumpre todos os desafios muito bem.

 

Produção audiovisual: Marvin Santiago, Wesley Farias e Rafael Avelino.

A primeira música que Pedro aprendeu a tocar foi o clássico da Música Popular Brasileira: “Asa Branca”, composta por Humberto Teixeira e gravada pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Hoje, o seu repertório é bem amplo e as oportunidades nunca deixam de bater à sua porta. Pedro é frequentemente convidado a tocar com diversos trios, inclusive o do seu professor, e afirma ser indescritível a emoção e o nervosismo ao dividir o palco com grandes nomes da música nordestina. Como bom discípulo que é, Pedro nunca para de praticar, vive com a sanfona no peito. Cria acordes por diversão, como se o instrumento fosse o seu brinquedo preferido. Mantém uma cabeleira bem cuidada e tem como um de seus maiores ídolos, o também cabeludo Dorgival Dantas.

Pedro ao lado do professor João Batista Souza     Foto: Renata Jordão

Para os pais, Pedro é um menino muito doce, gentil, humilde e de alma pura. O menino que toca sanfona e sonha em ser doutor, porque admira o modo como os profissionais da medicina ajudam as pessoas e salvam vidas. E nisso, ele é igualzinho a São Pedro, o padroeiro das causas difíceis. Os dois também se assemelham na sinceridade, simplicidade e um pouco na impulsividade. O jovem sanfoneiro, de nome Pedro contou que, quando tem uma ideia, não consegue segurar para pôr em prática, tem que ser na hora. Dessa forma, o objetivo de tornar seu futuro um caminho brilhante, faz com que conquiste, a cada dia que passa uma realidade cada vez mais bem sucedida.

 

São Pedro

O apóstolo Pedro, foi o primeiro discípulo de Jesus, que saiu a pregar o evangelho após a sua morte e ressurreição, segundo as crenças cristãs. Apesar de, ser o mais velho, nem sempre era o mais maduro, agia impulsivamente e também é conhecido como exemplo de inconstância e teimosia. Defeitos à parte, Pedro também era muito sincero, simples e humilde. O pescador de peixes, se tornou pescador de almas e, agia como pedra de construção na Igreja de Jesus Cristo.

A principal missão de Pedro foi conduzir a Igreja ao Céu, por isso, a sua imagem está representada sempre com os olhos voltados para cima. Além disso, é afamado como o Santo que fica às portas dos Céus. As chaves em suas mãos representam autoridade. Autoridade, que é exercida pelo ensinamento doutrinário da Igreja, pela qual foi responsável. As da mão direita simbolizam a autoridade de ligar e desligar na terra e no céu. Entre elas, a chave em tom marrom representa a autoridade sobre a Igreja terrena (o marrom é a cor da terra e da humildade). A chave mais oculta, de cor prata, representa o Reino dos Céus, simbolizando uma meta que devemos alcançar.

 

Produção: Letícia Allyne

Edição de texto: Wilma Beatriz

Edição de Vídeo: Nayara Cordeiro

 

 

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