Casais Homoafetivos comemoram união em Casamento Coletivo

Campina Grande, 14 de junho de 2014  ·  Escrito por Amanda Lopes, Jéssica Lopes e Karollina Oliveira  ·  Editado por George Silva  ·  Fotos de Agda Aquino e Maria Clara Monteiro
Casal Homoafetivo realiza sonho de união oficial

Casal Homoafetivo realiza sonho de união oficial

Para alguns a sexta-feira 13 é sinônimo de azar. Porém, para os 150 casais que participaram da 17° edição do Casamento Coletivo foi uma data de realização. A cerimônia que geralmente acontece no dia 12 de junho, dia dos namorados, na Pirâmide do Parque do Povo, neste ano aconteceu no dia 13 devido à abertura da Copa do Mundo e contou com a presença de casais homoafetivos.

A cerimônia se iniciou com a apresentação do grupo Companhia Livre, que encantou a todos os presentes com a famosa dança dos noivos. A auxiliar de escritório Edjane Nobre, veio assistir pela primeira vez a união coletiva e já se prepara também para casar-se. “Esse momento está sendo bem especial porque tenho a pretensão de me casar no próximo ano”, disse.

A Orquestra Filarmônica Epitácio Pessoa foi a responsável pela marcha nupcial que conduziu a entrada dos noivos. Jackson, padrinho de um dos casais homossexuais, falou sobre a importância da inclusão dos casais homoafetivos. “Esse momento é importante porque é a primeira vez aqui em Campina Grande que há espaço nesse evento para união entre casais do mesmo sexo, e abre as portas para que outros casais participem também, além de contribuir para a diminuição do preconceito”, salientou.

Casal homoafetivo comemorou a união oficial no Casamento coletivo

Casal homoafetivo comemorou a união oficial no Casamento coletivo

De acordo com a Secretaria de Cultura, os casais que participaram do Casamento Coletivo irão receber um vale no valor de R$ 100, álbum de fotos, bem casados e ainda irão concorrer a três sorteios da Casa Lux: uma pintura de toda a casa dos sorteados.

O funcionário público Mario Wilson, um dos que compõe os dois casais gays da cerimônia, comemorou a união com seu parceiro, mas também revelou que a sociedade ainda não os trata de forma igual aos demais. “Esse momento é um sonho, vivemos juntos há um bom tempo e só agora tivemos a chance de uma formalização jurídica. As pessoas estão acostumadas a nos tratar como invisíveis na sociedade, mas hoje estamos aqui mostrando que também fazemos parte dessa sociedade”, finalizou.

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