Doze de Junho: A noite que o santo deu as caras

Campina Grande, 12 de junho de 2012

“Parece coisa do destino mesmo”. É essa a sensação que a jornalista Vanessa Oliveira, 23 anos, tem do dia dos namorados do último São João. Romântica assumida, a pessoense lembra com carinho dessa data, levando em consideração que, por coincidência, foi exatamente no dia 12 de Junho que Santo Antônio resolveu presenteá-la com um novo companheiro.

A chuva tentava travar uma batalha com os forrozeiros de plantão, mas as palhoças serviam de abrigo para aqueles que optavam pelo calor humano e o ‘chiado da chinela’, para despistar o frio.  “Eu procurava alguém pra dançar, as meninas que estavam lá não davam abertura para o convite. Foi aí que eu vi a Vanessa, achei o rosto dela bem familiar e convidei pra dançar um pouco”, contou Newton Fonsêca, 25 anos, estudante de Engenharia Elétrica.

Os dois já se conheciam de vista, por terem amigos em comum. Dois anos depois, se reencontram em uma palhoça, em um domingo de chuva e, especialmente, dia do santo casamenteiro. “A maneira como ele me abordou foi muito engraçada. Dava pra perceber o quanto ele era tímido. Achei uma judiação não aceitar”, entregou Vanessa, rindo.

O que era para ter sido apenas uma dança rendeu em uma noite de conversas, que se estendeu até a madrugada. “Conversávamos sobre tudo: carreira, estudos, música, comida. Passamos a noite inteira rindo, foi muito agradável”, lembra Vanessa.

Newton, por sua vez, lembra que a achou bastante extrovertida: “Eu estava procurando uma namorada. Gostei bastante da companhia dela, mas alguma coisa me dizia que ela não tinha interesse algum em arranjar um namorado”, diz.

E não tinha mesmo. Era São João, ainda havia o mês de Junho praticamente todo pela frente. O que Vanessa não lembrou é que o tal do Santo Antônio não brinca em horário de trabalho: “Quando demos o primeiro beijo, alguma coisa me disse que ainda viriam muitos. Gostei de verdade, deu pra sentir algo totalmente diferente”, entrega a jornalista, sem disfarçar o brilho no olhar.

A noite do dia 12 de Junho serviu como impulso para desencadear um romance que já está completando nove meses. Muita coisa aconteceu depois daquela noite, mas o pedido de namoro custou um pouco a chegar: “Ele me enrolou por quase um mês!”, conta Vanessa, rindo bastante.

Os dois lembram-se daquela data com muito carinho, e o que resta agora é só a vontade de que muitos dias dos namorados sejam revividos: “Faço questão de levá-la pra palhoça, nesse dia. Relembrar é viver, né? E é o que eu mais quero. Relembrar, viver e construir, mesmo que mentalmente, tudo o que ainda está por vir para nós”, finaliza Newton, deixando bem claro que Santo Antônio não merece salário atrasado.

Edição: Carmem Suellen 

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