Comerciantes vivem expectativas com vendas

Campina Grande, 5 de junho de 2011

Todos os anos, os comerciantes de comidas e bebidas preparam-se para obter um bom lucro  no Maior São João do Mundo. São preparativos que levam semanas, e algumas exigências precisam serem atendidas, como cadastro das pessoas que irão trabalhar, por exemplo.

Conversamos com a comerciante Antônia, a “Toinha”, que além da Cantina do Departamento de Comunicação Social da UEPB, há alguns anos mantém uma barraca de caldinhos no Parque do Povo, intitulada de “Amor aos Pedaços”.

Em entrevista ao Repórter Junino, ‘Toinha’ fala sobre suas expectativas no comércio do Maior São João do mundo.

RJ: Há quanto tempo você negocia no Parque do Povo e quando trabalhou pela primeira vez nos festejos juninos?

Toinha: Sozinha eu negocio há oito anos, mas este já é o 13º São João em que vou trabalhar. O primeiro São João que trabalhei foi com um irmão, em 1993. Naquele ano trabalhamos depois da pirâmide, direcionado ao palco [Arraial Hilton Motta], mas eu não achei interessante trabalhar lá, devido ao tumulto, o excesso de pessoas, resumindo, é mais complicado. Antes da Pirâmide é mais tranquilo de se trabalhar e novamente irei atender lá.

RJ: Como você classifica a inspeção da Vigilância Sanitária a todos os comerciantes?

Toinha: É boa e muito válida e nos faz ter mais empenho e cuidados, porém já vimos que às vezes não há uma fiscalização rígida para todos. As mulheres, por exemplo, não podem estar de unhas pintadas, acessórios, maquiagem, perfumes, para não acabar contaminando as comidas, mas não é difícil ver pessoas usando tudo isso. Nas barracas dos microempresários, há muito mais exigências do que para os grandes, na minha opinião, acredito que deveria ser algo igual para todos e não vejo isso.

RJ: Quais são os atrativos da sua barraca e quais os pratos que você vai oferecer?

Toinha: Novamente oferecerei caldos e as inovações acontecem à medida que os clientes nos fazem cobranças e sugestões. Se a sugestão que o cliente nos faz é boa, seguramente vou procurar trazer aquilo o mais rápido possível.

RJ: No ano passado houve algum problema na organização que acabou atrapalhando o trabalho dos vendedores?

Toinha: Não seria bem um problema, mas algo que não nos agradou foi o fechamento de uma das descidas para o Parque do Povo, essa descida só foi aberta há menos de uma semana para acabarem as festas, e espero que esse ano não seja fechada essa escada que dá acesso à nossa barraca. Os clientes tinham que dar uma grande volta para chegarem ao setor onde muitas barracas estavam, isso prejudicando vários vendedores, inclusive nós.

RJ: Você tem muitos clientes “fiéis”? Qual o diferencial para atrair novos clientes?

Toinha: Graças a Deus sim, por exemplo, se você for conhecer nossa barraca este ano esperamos sua volta no ano seguinte [risos]. Há pessoas que desde o nosso primeiro ano no Parque do Povo sempre acabam voltando, é algo muito gratificante. Eu costumo dizer que as pessoas que vão para as festas não precisam do nosso serviço, mas nós precisamos do cliente e um dos nossos diferenciais é o bom atendimento. Nós procuramos, além da qualidade, agradar às pessoas, pois se hoje você não atender bem, e além de tudo não oferecer um bom produto, perde não só o cliente, mas também os amigos dele pela propaganda “boca a boca”.

RJ: Por fim, quais suas expectativas para o comércio no Parque do Povo este ano?

Toinha: Só espero que seja melhor que o ano passado [risos].

Edição: Mayara Medeiros

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