Com a movimentação de pessoas durante o São João, aumenta-se o número de passageiros nos transportes cadastrados pela Prefeitura Municipal de Campina Grande. O número de moto taxistas legalizados chega a quase mil, sem contar com os clandestinos que atuam nas ruas da cidade.

Segundo o taxista cadastrado Haroldo Silva (35), que trabalha há um ano e meio como motorista, é um trabalho arriscado, e já presenciou vários assaltos e acidentes com companheiros de trabalho. Em noites muito movimentadas, os taxistas conseguem um lucro de 120 a 140 reais. “Não possuímos ponto fixo. As corridas são definidas pela ordem de chegada, e costumamos chamar a atenção dos passageiros na ‘base do grito’”, diz Haroldo.

O moto taxista Evandro Machado (44), que atua há mais de 10 anos no ramo, tem conhecimento dos riscos da profissão. “Dependendo do local, não aceito viagem por receio de assaltos e por saber dos perigos da noite. Neste fim de semana três companheiros de trabalho foram assaltados”, afirma.

Uma recomendação para os motoristas cadastrados é de transportarem passageiros alcoolizados apenas em táxi, pela segurança que o automóvel possui, o que não acontece em motos. “Para nós, viajar com um bêbado tem perigo tanto para o motorista quanto para o passageiro”, finaliza Evandro.

Edição: Lourival Salviano
Foto: Ronaldo Júnior